Chia Tem Ômega-3? Quanto?
Muitos especialistas se referem às sementes de chia como um alimento saudável. Isso provavelmente deve ocorrer graças ao fato delas servirem como fonte de uma série de nutrientes importantes para o nosso organismo funcionar corretamente.
Mas você quais os nutrientes presentes na composição da chia? Bem, a lista inclui fibras, ômega 3, proteínas, carboidratos, manganês, fósforo, cálcio, zinco, cobre, potássio e ferro, além de antioxidantes.
O alimento já foi associado a benefícios como o auxílio à prevenção do envelhecimento precoce da pele, à saúde do sistema digestivo, à saúde do coração, à saúde dos ossos e à saúde dos dentes.
E será que a chia tem ômega-3 também?
Os ácidos graxos ômega-3 são um tipo de gordura saudável não pode ser produzida pelo organismo, portanto, deve ser consumida por meio da alimentação. A deficiência do composto provoca problemas como memória fraca, pele seca, problemas no coração, alterações de humor, dor na articulação e doença autoimune.
Além disso, o ômega-3 já foi associado a vantagens como o auxílio a uma gravidez saudável, à recuperação atlética e ao engrossamento das unhas e dos cabelos, além do possível benefício ao tratamento de condições como inflamação, degeneração macular e problemas de pele como psoríase e eczema, entre outros.
Mas será que a chia tem ômega-3 em sua composição? Bem, de acordo com o que pesquisamos, é verdade sim que o alimento serve como fonte da substância.
Uma porção com 28 g de sementes de chia é composta por 9 g de gorduras. Desses 9 g de gorduras, 5 g são correspondentes ao ômega-3.
As sementes de chia são superestimadas como uma fonte de ômega-3
Se for feita uma comparação grama por grama, a chia tem ômega-3 em uma quantidade mais elevada do que o salmão, por exemplo.
Entretanto, a maioria do ômega-3 presente nas sementes de chia são ácido alfa linolênico, composto que também é conhecido pelo nome de ALA. O ALA precisa ser convertido nas formas ativas de ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA), antes que possa ser utilizado pelo organismo.
No mesmo sentido, o ALA é conhecido como um ômega-3 de cadeia curta, o que significa que o organismo necessita convertê-lo em ácidos graxos ômega 3 de cadeias mais longas – EPA e DHA – para que ela possa ser sintetizado.
De acordo com o que pesquisamos, esse processo é ineficiente e somente aproximadamente 1% do ALA que é consumido é convertido na versão de cadeia longa do ácido graxo ômega-3, que o corpo necessita, apesar dessa porcentagem ser ligeiramente mais alta para as mulheres.
A conversão de ALA para EPA e DHA realmente não é muito eficiente e a Extensão da Universidade do Estado do Colorado, dos Estados Unidos, recomenda aumentar o consumo de ácidos graxos ômega-3 EPA e DHA no lugar do ALA.
“Infelizmente, os humanos são ineficientes em converter o ALA em formas ativas. Portanto, os ômega-3 das plantas tendem a ser vastamente inferiores a fontes animais como o peixe”.
Além disso, algumas pessoas não possuem uma quantidade suficiente de enzimas no corpo que auxiliam a transformar o ALA em DHA e EPA. O Centro Médico da Universidade de Maryland dos Estados Unidos também afirmou que pessoas com diabetes ou esquizofrenia frequentemente não conseguem fazer a conversão do ALA.
Pesquisas já mostraram que as sementes de chia, principalmente se estiverem moídas, podem aumentar os níveis sanguíneos de ALA e EPA, porém não de DHA, o que é um problema e pode fazer das sementes de chia superestimadas como uma fonte de ômega-3.
As maneiras de abastecer o organismo com o DHA tão necessário incluem comer peixes (que tenham a substância) regularmente, tomar óleo de peixe ou utilizar um suplemento de DHA, caso a pessoa seja vegetariana ou vegana.
Por sua vez, afirma-se que os ácidos graxos ômega 3 EPA e DHA também podem ser encontrados no óleo de algas e no óleo de krill (um crustáceo).
Entretanto, vale lembrar que antes de começar a utilizar um suplemento de óleo de peixe ou de DHA, é fundamental consultar o médico para saber se o produto não é contraindicado, conferir se ele não pode interagir com um medicamento, suplemento ou planta medicinal que esteja sendo utilizada e verificar qual a dosagem indicada para o seu caso em particular.
Isso é importante para todas as pessoas, principalmente as crianças, os idosos, os adolescentes, as mulheres que estejam grávidas, as mulheres que estejam no período de amamentação de seus bebês e os indivíduos que sofram com algum tipo de doença ou condição específica de saúde.
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