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Podcast #042 – Endócrino Fala Tudo Sobre: Síndrome Dos Ovários Policísticos, Dieta Low-Carb E Jejum Intermitente

Low-Carb é um remédio contra o diabetes — é o mais potente de todos.”

Bem-vindos Tanquinhos e Tanquinhas a mais um episódio do nosso podcast.

Hoje trazemos a endocrinologista Cristina Farah para um bate-papo sobre saúde e alimentação – mas que se aprofunda e vai além disso.

Tocando desde condições de saúde específicas (como síndrome dos ovários policísticos) até boas práticas e hábitos saudáveis para seu dia a dia.

Então escute o podcast completo para saber tudo sobre:

  • a história da Cristina com a dieta low-carb,
  • o que é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP),
  • por que a dieta low-carb pode ser útil para casos de SOP,
  • qual a relação entre SOP e resistência à insulina,
  • quais os erros e confusões comuns que ela vê no dia a dia,
  • diferença entre Dieta Low-Carb e Restrição Calórica,
  • como sair do platô de peso,
  • por que o jejum pode ser interessante,
  • vinhos, espumantes, cervejas — eles têm seu lugar na low-carb?
  • como é a rotina da Cris e seus demais hábitos saudáveis,

e muito, muito mais.

Ouça o podcast clicando no player abaixo:

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E, depois de ouvir, mande um “alô” para a Cris. Ela vai adorar conversar com você!

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Transcrição Completa Do Episódio

Guilherme: Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho.

Somos o Guilherme e o Roney.

E aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo.

Guilherme: Olá, Tanquinho! Olá, Tanquinha!

O episódio de hoje está muito, muito bom!

Nele, nós trazemos a endocrinologista Cristina Farah, falando tudo sobre:

  • Síndrome dos Ovários Policísticos,
  • Resistência à Insulina,
  • diferença entre Dieta Low-Carb e Restrição Calórica

e muito, muito mais.

É um episódio super recheado!

Mas, antes de ir para ele, eu queria fazer um aviso rapidinho para você.

O de que este episódio é patrocinado pela loja online Tudo Low-Carb.

A loja Tudo Low-Carb é onde nós pegamos todos os ingredientes que nós usamos nas nossas receitas.

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Feito o aviso, bora para o episódio!

Olá, Tanquinho! Olá, Tanquinha!

Bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast!

Dessa vez a gente tem a endócrino Cristina Farah com a gente.

Tudo bem, Cris?

Cristina Farah: Tudo bom, meninos?

É um prazer estar aqui com vocês e com os seus ouvintes.

Roney: Então, Cris, acho que para começar você poderia se apresentar e falar um pouquinho da sua história para quem não te conhece e está nos ouvindo agora.

Cristina Farah: Ah, legal!

Bom, meu nome é Cristina, sou endocrinologista, tenho um consultório na Zona Oeste de São Paulo, me formei em 2000 — já tenho uns anos de estrada.

E lido no dia-a-dia com o que todo endocrinologista lida: diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doenças da tireoide.

E tive contato com dieta low-carb nos últimos dois anos, o que mudou bastante a minha prática.

É isso.

Guilherme: Então, Cris, por que você não conta para nós como você ouviu falar da dieta low-carb pela primeira vez?

Como foi a sua reação de desde ouvir falar, até utilizá-la na prática clínica, no dia-a-dia?

Cristina Farah: Ah, legal! Essa história é legal!

Tem uma amiga, que é uma nutricionista muito competente, a Dra. Renata Giudice, que já vinha aplicando dieta low-carb, comida de verdade, etc.

E eu comecei a me interessar, mas aí pegou uma época de vida minha que eu tive filho.

E eu fiquei muito envolvida com as questões do neném, deixei em stand by essa história.

Aí quando eu voltei a conseguir trabalhar mesmo e focar no trabalho, ela já tinha uma experiência boa no assunto e eu já estava querendo me inteirar.

Eu lembro que ela me falou do: “Ah, por que você não acompanha o Dr. Souto?”, que eu acho que é onde todo mundo começa, ?.

Eu ouço o podcast de vocês e todo mundo fala a mesma coisa.

E aí eu comecei a ler o blog dele, comece a me interessar —  e para a gente, que é endocrinologista, faz muito sentido.

Porque nós conseguimos entender a fisiopatologia, então faz um sentido absurdo.

Se já faz na cabeça de um leigo, imagina na cabeça de um endocrinologista.

Então eu fui me apaixonando e fui testando em mim antes de testar nos pacientes.

Eu testei em mim.

Eu nunca tive problema com peso, mas sempre tive que fazer dieta.

Eu só não tenho problema com peso porque faço dieta.

Então eu pude comparar restrição calórica, com dieta low-carb em mim e foi muito legal o resultado, a liberdade que você tem de comer e saber que você está comendo coisa muito nutritiva.

E aí eu comecei a testar nos pacientes, mais ou menos em fevereiro de 2017.

Eu comecei a testar nos pacientes e melhoraram muito os resultados no consultório, ?

Então as coisas melhoraram muito, os pacientes começaram a perder mais peso, diabetes melhorou demais os pacientes, como eu nunca havia conseguido ajudá-los até então.

E daí para frente foi aprimorar: “Como eu vou orientar essa dieta?”.

Eu passei um bom período batendo cabeça e ajustando a orientação.

E hoje eu já estou com uma experiência boa aí, já tem um tempo que eu acertei o jeito de orientar: tem que ser uma consulta longa, tem que explicar muita coisa, mas é muito prazeroso.

E foi assim que tudo começou.

E aí eu fui acompanhando cada vez mais vocês, outros podcasts também que são do tema; e lendo os trabalhos científicos. E assim foi.

Roney: Certo.

E depois que você começou a trabalhar a dieta low-carb com os seus pacientes, que tipo de melhoras você passou a observar?

Cristina Farah: Bom, o mais evidente é o emagrecimento.

Porque assim, acho que em todo o consultório de endocrinologia, o número maior de pacientes que nos procura é para emagrecimento.

Isso é muito contundente.

A dieta low-carb para emagrecimento não tem o que falar, ? É muito contundente.

Mas aí depois você vai vendo, até laboratorialmente, melhora muita coisa: síndrome metabólica melhora absurdo, triglicérides despenca, aumentam as transaminases hepáticas, esteatose hepática — que hoje em dia é uma epidemia — melhora absurdo.

Eu tinha um certo resultado no consultório antes da low-carb, mas o que eu pude ver é, assim, um aumento muito grande nesse resultado depois que eu comecei a adotar a dieta low-carb aqui no consultório. Um aumento muito grande.

Muito na questão da obesidade, os pacientes perdendo peso; os pacientes saudáveis, que não tinham nenhuma alteração laboratorial, perdendo peso e isso é muito legal — porque você não vai deixá-los chegarem na fase de ter alteração laboratorial.

E os pacientes que têm doença metabólica é um impacto, que eu falo que é mais que um remédio contra diabetes: é o mais potente de todos.

É muito legal! É comprovar na prática aquilo que a gente lê e estuda, e diariamente comprova na prática. É muito prazeroso!

Guilherme: Excelente.

Síndrome dos Ovários Policísticos

E agora, vamos abordar uma questão que também está relacionada com a dieta low-carb, e que muita gente tem dúvida, que é a Síndrome dos Ovários Policísticos.

O que é isso e qual é a relação dessa síndrome com a resistência à insulina?

Cristina Farah: Bom, a Síndrome dos Ovários Policísticos é uma síndrome que cursa com o aumento de hormônio masculino nas mulheres, dos andrógenos.

A etiologia ainda um pouco controversa, mas a síndrome em si, cursa então com o aumento dos hormônios masculinos e um distúrbio menstrual.

Ou seja, as mulheres ou não menstruam, ou menstruam menos regularmente do que deveriam.

E uma característica ao exame de imagem muito frequente são os policistos, que na verdade não são cistos, é uma imagem parecida com policisto ao ultrassom, ou então um ovário grande.

Então as mulheres não menstruam ou menstruam menos, têm aumento dos hormônios masculinos e têm, muitas vezes, a característica ultrassonográfica dos policistos.

A relação com a resistência insulínica é que os ovários têm receptor de IGF-1.

A insulina atua nesses receptores, aumentando a produção ainda mais dos hormônios masculinos.

Então, se você tem uma situação de resistência insulínica, o pâncreas precisa secretar mais insulina, porque do contrário você ficaria diabético.

E, claro que ele prefere deixar uma insulina muito alta do que você diabético.

E isso piora a produção de hormônio masculino no ovário e na adrenal também, pela ação direta da insulina.

E tem uma outra questão interessante, que é a seguinte.

Nos quadros de resistência insulínica existe uma diminuição da SHBG, que é a proteína que liga os hormônios sexuais.

Então, ocorre uma maior disponibilidade da forma livre dos hormônios.

Então isso piora as manifestações cutâneas da Síndrome dos Ovários Policísticos, como por exemplo:

  • o hirsutismo —  que é o aumento de pelo masculino em mulher,
  • a  seborreia,
  • a oleosidade da pele, e
  • a acne.

Tudo isso ocorre pela maior disponibilidade dos hormônios masculinos, determinada pela diminuição dessa proteína, que por sua vez, ocorre pelo aumento da insulina.

Um pouco complicada a fisiopatologia, mas a resistência insulínica e a SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) andam aí de mãozinhas dadas.

Roney: E é justamente por isso que a dieta low-carb pode ser útil no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos, Cris?

Cristina Farah: É, então, isso é interessante.

Assim, a resistência insulínica não faz parte dos critérios diagnósticos da Síndrome dos Ovários Policísticos.

O critério diagnóstico mais utilizado é um critério de 2003, o critério de Rotterdam, que não contempla a resistência insulínica nos critérios diagnósticos.

Porém, é bastante evidente a relação de resistência insulínica com Síndrome dos Ovários Policísticos.

E a gente vê na prática a melhora das pacientes quando você reduz o carboidrato da dieta.

Por quê? Porque veja, quem já tem resistência insulínica já tem que conviver com um nível de insulina maior.

Se você come comida processada demais, carboidrato demais —  por que eu falo comida processada? Porque a maior parte da comida processada é carboidrato —  você vai ter cada vez mais um aumento de insulina circulante.

E vai acontecer aquele problema que eu falei de hiperestimulação do ovário e produção de hormônio masculino.

Quando você consegue que o paciente faça uma dieta bacana, tira esses processados, reduz carboidrato; esse componente da Síndrome dos Ovários Policísticos que é determinado pela ação da insulina, melhora demais.

É claro que existe outro componente relacionada a nomezinhos complicados, como a CYP17 e tal, de produção de hormônio masculino, que não tem de maneira óbvia, uma relação até hoje estabelecida com insulina.

Mas, nesse componente que tem relação com insulina, melhora demais.

Tanto que quando há uma perda de peso até não muito expressiva, como 5% do peso corporal, nós observamos aumento de taxa de fertilidade.

Cai testosterona — testosterona livre, a das dosagens séricas — as mulheres voltam a menstruar.

Uma outra coisa muito interessante que comprova que a resistência insulínica tem a ver com Síndrome de Ovário Policístico, que é o uso de metformina para essas mulheres engravidarem.

A infertilidade tem papel muito importante na SOP, ela é um incômodo muito grande para as mulheres que têm Síndrome dos Ovários Policísticos, é a questão de ser infértil.

E a metformina, junto com o clomifeno, são medicamentos utilizados para aumentar sobremaneira a taxa de fertilidade.

Então isso prova para a gente que o sensibilizador de insulina, como eles melhoram a SOP, eles nos ajudam a estabelecer essa correlação.

Erros E Confusões Comuns Na Low-carb

Guilherme: Certo.

Então nós já entendemos que a Síndrome dos Ovários Policísticos está muito relacionada com a resistência à insulina, assim como várias outras condições de saúde também estão relacionadas à resistência à insulina.

E é nesse contexto que uma dieta low-carb pode ser interessante.

Na implementação de uma dieta low-carb por parte das pacientes, quais são alguns erros e confusões comuns que você vê em quem está iniciando e tentando ter sucesso com esse tipo de abordagem?

Cristina Farah: Bom, vamos lá, deixa eu lembrar aqui dos meus pacientes…

Eu sou um pouco metódica na orientação da dieta, sabe?

A primeira consulta de orientação eu gosto de ficar uma hora com o paciente, discutir ipsis literis o que vai ser feito, discutir o impacto dos carboidratos da natureza, discutir o impacto dos carboidratos processados e tal.

Então, eu não vejo um erro padrão, assim. É muito difuso.

As pessoas eram em pontos muito diferentes e eu deixo sempre um canal de WhatsApp para elas mandarem as perguntas e não correrem o risco, por exemplo, desses erros na low-carb acontecerem e eu não ficar sabendo.

A gente fala: “Ah, as frutas vermelhas são de baixo carboidrato” e aí de repente o paciente está achando que melancia é fruta vermelha.

Deixa eu lembrar aqui… outro comendo mingau, purê, achando que estava tudo bem.

Deixa eu me lembrar aqui… ou o paciente comendo demais.

A gente fala que pode comer queijo, daqui a pouco ele está comendo queijo no café da manhã, no almoço e no jantar e aí não está perdendo peso.

Eu não tenho, aqui no consultório, um erro padrão que eu possa falar para vocês: “Olha, isso aqui é batata! Eu tenho que falar porque se eu não falar o paciente vai errar”.

Mas erros eu tenho com todos os pacientes.

Todos os dias eu respondo WhatsApp no final do dia com dúvida de dieta, mas eu falo para eles: “Pode mandar foto de prato, pode mandar foto de rótulo, pode mandar mensagem em áudio”.

E aí eu vou escutando as mais diversas dúvidas dos pacientes.

Eles têm dificuldade, eu também tive no começo da implantação da dieta.

Não é fácil, ? É uma mudança grande de vida.

Eu acho que eu não passei por uma coisa que deve ser muito incômoda porque nunca comi comida muito processada.

Mas eu imagino que uma pessoa que tenha a alimentação baseada em comida processada, que minimamente quer se envolver com a cozinha.

E eu falo para eles:

Vocês estão assinando um cheque para a indústria alimentícia fazer com o seu corpo o que ela quiser”.

Então esse tipo de paciente vai sofrer no começo e aí eu fico aqui, aguardando eles mandarem as dificuldades para poder ajudá-los.

Low-Carb E Restrição Calórica Voluntária

Roney: Então, Cris, agora nós queríamos que você comentasse um pouco a diferença entre uma dieta low-carb e uma restrição calórica voluntária.

Quais as diferenças e impactos diversos que você pôde observar nesses anos?

Cristina Farah: Ah, bacana!

Bom, eu, pessoalmente, já fiz as duas, então consigo ver no dia-a-dia.

Mas aquela questão de calorias continuam importando é um conceito importante de nós entendermos.

O balanço energético não é que ele não existe ou que ele não seja importante.

Se você come mais calorias do que você gasta, é claro que você vai engordar ou não vai emagrecer.

Ninguém está dizendo o contrário, mas o que é bacana na dieta low-carb é que você naturalmente faz um balanço energético favorável.

Por quê? A grande diferença é assim: se eu estou comendo comida de verdade, ou seja, muito pouco processada, de baixo carboidrato — plantas, carnes e ovos —  a minha fome naturalmente vai cair.

O nível de saciedade que esse tipo de comida dá, é assim, impressionante, impressionante.

Então, naturalmente, fazer um balanço energético favorável, um balanço energético negativo, a não ser que eu seja uma mastigadora compulsiva, ou seja, eu não estou com fome e, mesmo assim, preciso mastigar por uma questão emocional.

Aí é complicado, aí nós temos que abordar de outras maneiras.

Mas fato é que a maior parte dos pacientes você consegue emplacar para eles uma técnica dietética em que eles param de sentir fome, eles também param de comer, eles querem emagrecer, eles não levantam da cadeira para comer se eles não estão com fome.

E é isso que a dieta low-carb baseada em comida de verdade faz. Faz a fome cair.

Então por isso que nós conseguimos ajudar a maior parte dos pacientes, salvo aqueles que precisam mastigar por uma questão emocional, que aí a gente tem que rebolar para dar um jeito na situação e às vezes fazer um tratamento medicamentoso também.

Na restrição calórica, não é que ela não vai emagrecer, não é que ela não funciona, mas eu acho mais difícil.

Por quê? Você vai pegar então a pessoa e falar: “Vamos cortar 500 calorias do seu dia”.

Qual é a chance de a pessoa comer, comendo 500 calorias a menos por dia, passar fome?

Simplesmente com esse fato que eu estou falando: “Olha, você vai comer menos 500 calorias por dia”.

A chance de ela passar fome é enorme!

Você está passando a régua em uma boa parte das calorias do dia.

Relacionado: esta é a filosofia da Dieta Flexível.

E ainda você vai deixá-la comer alimentos que não necessariamente tenham um bom índice nutritivo.

Ou seja: o quanto o alimento fornece de nutrição para a quantidade de caloria que está entrando.

Se um alimento é calórico, mas ele não eleva a insulina, ele não vai dar uma fome rebote e ele é bastante nutritivo, ele está cumprindo o papel dele.

Por quê? Ele é calórico, mas no ponto geral você vai comer menos ao longo do dia.

Então em uma dieta de restrição calórica, se eu como lá, vamos lá, pão light, iogurte desnatado, bolacha integral zero gordura…

São alimentos pouco nutritivos que não vão ajudar o meu centro de saciedade se aquietar porque chegou nutriente e aí ele fica menos ávido a pedir comida.

E, além disso, vão dar um rebote de secreção de insulina, o que vai piorar a minha fome.

Então, restrição calórica corre o risco de os pacientes comerem coisas pouco nutritivas e ainda com rebote de insulina.

Por essas questões é que geralmente eles passam fome.

E aí uma estratégia em que envolve passar fome, ela, de fato, não é sustentável.

A pessoa se sente miserável passando fome. Isso não vai do nada a lugar nenhum. Vai emagrecer até a página dois.

Então essa possibilidade de emagrecer sem passar fome que a low-carb, com comida de verdade traz, é uma coisa que facilita demais você transformar esse emagrecimento em estilo de vida e a pessoa virar a página da questão da obesidade.

Guilherme: Com certeza.

Com certeza uma das armas, que na nossa opinião, é talvez maior arma da low-carb baseada em comida de verdade, é essa restrição calórica voluntária, sem fome, sem ficar aquela tortura de você ficar com vontade de comer o tempo todo.

Mas existem alguns casos em que só comer até a saciedade não é o bastante, em que algumas pessoas, para vencer a barreira natural delas —  ou de emagrecimento, ou de resistência à insulina, ou de tudo isso junto — tem que aliar outras estratégias com a low-carb e comida de verdade.

Do tipo jejum intermitente, ou mesmo algum outro tipo de controle calórico mais consciente.

E como você vê essas situações na prática?

Porque nós, na nossa interação com os leitores, muitas vezes vemos que as pessoas ficam surpresas de descobrir que as calorias ainda importam, porque parecia mágica, elas falavam.

“Estou comendo comida gostosa em quantidade suficiente e emagreci até certo ponto. E agora, como é que eu saio desse platô?”.

Como Sair Do Platô De Peso

Cristina Farah: A questão do platô de perda de peso é uma questão que eu deixo para abordar com o paciente um pouquinho mais para frente.

Primeiro eu tenho que tirar o elefante da sala, que são as farinhas, doces, açúcares e os carboidratos densos da natureza.

Mas chega uma hora que nós temos que abordar isso com o paciente, ?

Até para ele não entrar em um platô muito precoce.

Você tem que pegar dentro da low-carb que você prescreveu para ele e começar a ver onde você pode melhorar.

Então, pacientes fazendo low-carb consumindo muito laticínio, nós podemos reduzir.

Paciente que faz um low-carb high fat — eu falo que o LCHF tem que ser o low-carb healthy fat e não high fat —  então reduzir o excesso de gordura da comida…

Às vezes dá um pouquinho de trabalho porque eles adoram comer porque dá sabor, mas eu falo que “se você comeu a sua capa da picanha e a sua namorada tirou a capa da picanha do prato dela, você vai não comer a dela também.”

Então eu falo para eles: “Você consegue inclusive engordar fazendo low-carb”.

(Ou ganhar massa muscular.)

Então reduzir a gordura — eles às vezes regam o prato demais de azeite — reduzir isso também; comem pão de farinha de amêndoa demais — que a gente sabe que é calórico — e depois querem comer mais castanhas ao longo do dia.

Então, nesse quesito, nesse tocante as calorias continuam importando.

Eu já falo para eles que as calorias importam na primeira consulta, que é para não frustrar demais.

Outra questão que ajuda demais a tirar o paciente do platô é, justamente, o jejum intermitente.

E o jejum intermitente eu acho que nós não precisamos nem fazer tanto alarde sobre ele porque ele é um fenômeno natural em quem faz um low-carb baseado em comida de verdade.

O nível de saciedade que esse tipo de alimentação dá é muito grande, então os pacientes começam, naturalmente, às vezes, a suprimir uma refeição do dia.

E se você suprime uma das três, você já está minimamente no protocolo de jejum intermitente, que seria o 8-16.

Relacionado: como aliar jejum intermitente com dieta low-carb

Eu nem preciso muito usar muito mais que isso no consultório, mas suprimir uma refeição eu acho uma coisa bacana.

Porque eu vejo que na maior parte das vezes as pessoas não têm fome para três refeições.

Elas têm fome para duas. Mas às vezes elas querem comer três e não tem problema.

Mas o jejum intermitente eu acho bem bacana.

Um jejum que não seja muito prolongado, que a pessoa começa a ficar chateada por ficar um dia inteiro sem comer; mas tirar uma refeição eu acho uma coisa extremamente possível e vou arriscar que até fácil.

É que eu acho que tem um tempo, o paciente obeso de longo prazo tem o centro de saciedade inflamado, a flora bacteriana intestinal também não ajuda.

E essa questão de ele ter uma saciedade eficiente demora para acontecer.

Às vezes eu penso: não vai se basear pelo paciente já magro fazendo jejum intermitente porque ele já está em uma situação de inflamação corporal melhor.

Então o paciente ainda, vamos dizer assim, muito inflamado, essa questão da saciedade não consegue observar tanto.

Mas também a gente não entra com um jejum intermitente na página um, na faixa branca no karatê — eu falo para eles que é faixa verde do caratê — numa época que eles já estão sentindo na pele essa saciedade grande que low-carb com comida de verdade é capaz de produzir.

Adaptação À Low-Carb

Roney: Com certeza, Cris.

Nós agora queríamos falar um pouquinho sobre a adaptação à low-carb.

Nós queríamos a sua visão a respeito de receitas low-carb, queijos, vinhos, oleaginosas e, até mesmo, as melhores formas de lidar com possíveis exceções — dias livres ou dias do lixo, como é popularmente conhecido.

Cristina Farah: Eu falo assim para os pacientes: “Olha, um low-carb bem feito, otimizado com comida densamente nutritiva é planta, bicho e ovo. Isso é low-carb maravilhosamente bem feita. É aqui que você vai focar.

Porém, para a sua vida não ficar chata — a gente sempre ouve ‘o feito é melhor que o perfeito’, ‘o bom não pode virar inimigo do ótimo’ e tal”.

A Djulye sempre fala que o “feito é melhor que o perfeito”.

Então, nesse aspecto, eu falo: “Você pode ter uma vida interessante fazendo receitinhas, como por exemplo da nossa amiga Polyana — da nutri das panelas — que tem receitas maravilhosas.

Pode usar farinha de amêndoa para fazer bolo ou bolacha, pão; pode comer as oleagionosas sem exagerar — oleaginosas são muito calóricas, mas pode comer.

E vai ter uma hora que você vai ter que, talvez, restringir um pouquinho — que nós estávamos falando agora — pensar um pouco mais no balanço energético, para chegar no seu objetivo final, mas a gente pode deixar, na adaptação, um pouquinho mais livre: fazer receitinha, comer iogurte, comer queijo”.

A questão da bebida alcoólica eu vejo, na minha opinião, o vinho seco e o champanhe seco não dão um impacto muito grande se não forem consumidos com muita frequência e também em muita quantidade.

Agora, a cerveja e o chope sim. Esses não dá para liberar.

Mas só o fato de poder beber um vinhozinho seco de vez em quando, acho que isso alivia bastante.

Outra coisa importante que eu acho na adaptação é lembrar os pacientes que eles podem passar — e eu também passei — pela gripe low-carb.

Então eles podem passar um tempo de mau humor — eu falo: “Não vai matar ninguém no primeiro mês porque pode ser só a dieta! Espera!”.

Eles podem sentir fraqueza.

O corpo está acostumado, em quem come 300, 320 gramas de carboidrato por dia, a queimar o quê? Carboidrato!

Ele não vai deixar esse carboidrato circulando porque ele é tóxico. Ele tem que tirá-lo dali, então ele vai queimar.

Para ele aprontar um bom emparelhamento enzimático para trocar para um fornecimento de gordura como fonte de energia vai um tempo, então a barrinha de energia pode ficar baixa.

Relacionado: gordura ou carboidrato — qual é o seu combustível?

Você vai ter que pegar os seus pesos na academia e diminuir tudo — o que o pessoal não gosta, o pessoal quer colocar cada vez mais peso na academia, mas por um tempo você vai ter que fazer um treininho meia boca na academia.

Se tiver dor de cabeça, falta de energia e mau humor, vai ter que ter um pouquinho de paciência.

A questão de consumir mais sal e mais água ajuda bastante.

Eu sempre falo com eles nessa fase também, para dar um suporte emocional e assim a gente vai vencendo e não é todo mundo que tem a gripe low-carb, eu vejo. Não é todo mundo que tem e ela também não dura eternamente.

A maior parte dos pacientes fica às vezes umas três semanas com esse incômodo.

E é por aí.

O intestino também às vezes muda, com a mudança da alimentação.

Um pouquinho de paciência também…  porque tem uma coisa que os pacientes às vezes não fazem o link, eles falam: “Ah, estou indo menos ao banheiro”. Mas é claro!

Você está comendo menos. Se você está emagrecendo é porque você está comendo menos.

Então isso também é uma coisa importante na fase de adaptação, de explicar para eles porque senão eles começam a achar que a dieta low-carb faz constipação intestinal de maneira óbvia.

Não é. Pode até fazer, mas na maior parte das vezes é porque eles estão comendo menos.

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Guilherme: Certo.

Gostei da maneira como você respondeu essas perguntas porque mostra realmente uma experiência prática no assunto e um bom senso, que muitas vezes as pessoas são assombradas por mitos, como esse de que: “Ah, low-carb você vai ficar com constipação” ou “Você vai passar muito mal porque você precisa de carboidrato e a dor de cabeça é porque o cérebro precisa de glicose”.

E a pessoa desenvolve toda uma teoria, sendo que na verdade é uma gripe low-carb, é uma adaptação.

Então muito, muito legal ter esse relato aí da sua parte, Cris.

Cristina Farah: Ah, é muito legal a gente ver no dia-a-dia.

Enquanto eu estava na parte lá, estudando, é bacana entender mecanismo; mas a primazia é do que acontece no dia-a-dia.

Então é legal você fazer pessoalmente, você aplicar… por isso que eu falo para os meus pacientes: “Me manda mensagem” porque eu sei o que acontece no dia-a-dia. “Me manda mensagem, eu te ajudo com isso, te ajudo com aquilo, até você mesmo caminhar pelas suas pernas”.

E cada um tem o seu low-carb.

Por exemplo, arroz de couve-flor, tem gente que ama, come todo dia arroz de couve-flor; tem gente que não suporta entrar em casa e ver aquele cheiro de legumes em casa.

Então não tem um padrão.

Eu acho que você tem que colocar o paciente no trilho. Ele não pode ter muita dúvida porque ele sozinho, na internet, corre o risco de topar com muita besteira.

Então, explicar os conceitos direitinho, falar bastante sobre os alimentos que podem e não podem, o que quebra jejum intermitente, esses mitos que vocês falaram sobre “Eu vou morrer se eu ficar sem carboidrato, o cérebro precisa de carboidrato”…

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A glicose é extremamente necessária. Tão necessária que o nosso corpo sabe fazer. Então a gente não precisa comer.

A gente precisa dela, mas o nosso corpo produz.

Então: “Ah, vou queimar minha massa muscular”… essas coisas eu acho que é papel do médico tirar esses fantasmas e é muito bom quando o paciente tem um canal direto porque ele não precisa ficar assombrado.

E assim nós vamos tranquilizando os pacientes.

Depois que passa a fase da gripe low-carb, que eles já não estão tanto com medo, eles entram em uma fase de aproveitar muitos benefícios: eles melhoram a concentração no trabalho, eles estão mais magros… e aí é uma fase de felicidade mesmo. Deles e nossa também!

É muito legal. O que o médico quer? Médico quer ajudar, quer contribuir, quer melhorar a saúde das pessoas.

E essa, na minha vida, foi uma ferramenta que me deixou muito feliz porque me possibilitou, mais do que tudo o que eu já tinha feito, cumprir esse papel de ajudar mesmo.

O que mais satisfaz um médico?

É ver que você está ajudando, você está fazendo a diferença na vida das pessoas. Não que eu não fizesse isso antes, mas hoje eu acho que eu tenho uma ferramenta mais poderosa para fazer isso.

A Low-Carb E A Rotina Da Cristina

Roney: Que bom que você tocou nesse assunto, Cris.

Fala um pouco de como é seu dia-a-dia em questão de alimentação e mesmo de outros hábitos saudáveis que talvez você tenha.

Cristina Farah: Ah, legal!

Bom, eu sou um pouquinho caxias na alimentação nessa questão de processados.

Então eu não como… não vou dizer nada, mas bem pouca comida processada. Até o iogurte eu faço em casa.

Eu tenho filho pequenininho, então eu não poderia nem se eu quisesse, porque eu preciso dar exemplo.

Então lá em casa nós comemos um chocolate bem mais amargo, mesmo o meu filhinho.

Agora que eu dei o 70 ele está meio sem vergonha e quer comer o 70, mas ele sempre comeu o 90 da Lindt e achou bom. Agora ele já entendeu a diferença.

Mas então, nós comemos bem em um padrão planta, bicho e ovo lá em casa, com pouquíssima comida processada.

Eu não sinto muita diferença, eu não sinto muita falta de doce, desde que eu possa comer meu iogurtezinho — mas eu coloco um adoçante porque no final do dia eu quero sentir um gostinho doce —, mas não sinto falta de doce industrializado.

Eu consigo fazer bem o planta, bicho e ovo numa boa. Eu adoro arroz de couve-flor.

Claro que e faço lá a minha refeição livre da semana, até vocês perguntaram na fase de adaptação e eu esqueci de responder: eu gosto de deixar uma refeição livre na semana para o paciente na fase de indução de perda de peso.

Eu não gosto de abrir muito mais que isso.

Eu não gosto, por exemplo, de dia do lixo, até porque essa palavra “lixo” fica parecendo que a pessoa vai pôr lixo dentro do corpo dela e eu não gosto muito.

Mas eu deixo, sim, uma refeição livre e também os ensino como ir naqueles restaurantes mais ícones que nós gostamos de ir.

“Como você vai em tal lugar e não quebra dieta?” porque às vezes a pessoa só pensa que necessariamente ela precisa quebrar se ela quiser ir em um restaurante bacana.

Então eu gosto de ficar fazendo um joguinho: “Vamos lá… em tal restaurante, o que eu escolho no cardápio?”.

Mas voltando nas minhas práticas saudáveis: na alimentação eu procuro seguir comida de verdade, mas no estilo planta, bicho, ovo lá em casa.

Eu faço musculação, deveria fazer mais, pela falta de tempo não tanto quanto eu gostaria, mas todo dia eu estou caçando um tempinho para ir na academia fazer musculação.

Eu acho bastante importante para mulher que tem testosterona naturalmente baixa, ainda mais mulher que é magra.

Se a gente não der um estímulo externo para a manutenção da massa muscular depois a gente pena muito com osteoporose depois da menopausa e outras consequências da baixa massa muscular.

Controlar o estresse é uma missão difícil, mas eu sou muito preocupada com isso porque eu acho que não tem fator de risco pior que o estresse.

E não fumo, já não bebia muito e depois de gestação, amamentação, comecei a beber menos ainda.

E assim a gente vai tentando viver mais e melhor.

Guilherme: Excelente!

Com certeza são ótimos hábitos, apesar de alguns serem mais difíceis de implementar do que outros, do tipo.

Falar para alguém não se estressar é praticamente… é quase impossível hoje em dia a pessoa seguir o conselho.

Mas certamente, dentro das coisas que estão ao nosso controle, parece que você está fazendo um ótimo trabalho de cuidar de bons hábitos para não ter só uma vida mais longa, mas também com mais qualidade no aqui e agora.

Cristina Farah: Sim, é verdade.

E tem um outro hábito que também eu esqueci de falar, que é dormir, ?

Isso é uma coisa que eu acho que cada vez mais as pessoas estão dando menos importância para dormir X horas de sono e eu também tenho dificuldade por ter criança pequena e aí a hora que eles dormem você está com tudo por fazer, mas isso é muito importante, a gente tentar ter um mínimo de horas na saúde do sono.

Não dá para ficar em redes sociais até não sei que horas e acordar cedo. Isso tem um impacto, inclusive, em síndrome metabólica.

Aumenta a resistência insulínica se você dormir bem e um mínimo de horas por dia.

Roney: Com certeza!

A gente muitas vezes acaba focando em falar de alimentação e exercícios e nem sempre lembra da questão do sono, que é tão importante quanto esses outros dois, ou até mais, já que dormir a gente dorme todo dia por várias horas.

E Cris, nós queríamos que você deixasse uma mensagem final e também suas mídias sociais para quem quiser te acompanhar, ou mesmo contatos para marcar consultas, enfim.

Cristina Farah: Ah, legal.

Ah, de mensagem final, nada muito específico.

Eu acho que nós temos que pensar com bom senso e usando um raciocínio evolutivo.

Quando as coisas começaram a piorar, as pessoas começaram a engordar, ficar diabéticas?

Quando houve uma invasão da indústria alimentícia sem critério. Segunda metade… depois de 1950, ? Segunda metade do século XX.

Então o que aconteceu?

Uma invasão de comida processada, um monte de carboidrato processado, então nós temos que pensar que nós estamos vivendo em uma loucura alimentar.

Não é que nós temos que “tratar” o paciente.

Nós temos que fazê-lo voltar a comer como os avós deles comiam, porque era o correto.

Quando isso mudou as doenças começaram a aparecer em uma velocidade avassaladora.

Por exemplo, no final do século XIX você tinha um para 50.000 diabéticos na população americana.

Hoje você tem um para cada sete, ou um para cada 11 americanos com diabetes dependendo se você inclui ou exclui as crianças.

Então, nós temos que pensar o que está dando errado.

Acho que é a grande mensagem.

Então quando eu vou orientar, por exemplo, uma pessoa da minha idade, ao redor dos 40 anos de idade, que já nasceu na confusão alimentar, a pessoa não entende que ela está fazendo errado porque ela faz igual aos pares dela.

Quando eu vou orientar uma pessoa mais velha, tipo 75 anos, que está com diabetes descompensado, e mais fácil de ela comparar o que aconteceu no comportamento alimentar dela, quando ela era pequenininha, quando ela era adolescente e depois quando ela já era adulta, que piorou porque houve uma invasão da comida processada.

Então a mensagem que eu deixo é para as pessoas tentarem ter um pensamento mais evolutivo.

Por que as coisas estão dando errado?  A linha evolutiva explica muita coisa.

Mande Um “Olá” para a Cris

Ah, sobre as minhas mídias e contatos, é o meu nome Cristina Farah para todas as mídias, então:

Por lá todo mundo consegue me achar e pode perguntar. Eu vou ajudar como puder.

Guilherme: Ah, excelente, Cris!

Muito obrigado, então, pelas dicas, pela participação e pelo seu tempo aqui de vir no nosso podcast e relatar um pouco da sua experiência clínica.

Realmente nós gostamos muito de conversar com as pessoas que estão sempre lendo e estudando, e mesmo pesquisando.

Mas ver alguém que, além de fazer tudo isso, também aplica e vê os resultados nos paciente na prática, é sempre muito recompensador.

Então, obrigadão, Cris!

Cristina Farah: Eu que agradeço, meninos!

E é muito legal poder estar aqui com vocês.

Eu, como disse, já acompanho o trabalho de vocês há um tempo e poder fazer esse podcast junto com vocês foi uma grande alegria para mim!

Sucesso para vocês e podem contar comigo sempre que precisarem!

Um abraço aos nossos ouvintes!

Roney: Muito obrigado, Cris! E muito obrigado a quem nos escutou até aqui também!

E se você escutou e gostou do conteúdo desse podcast, então deixa a sua avaliação lá no iTunes, deixa o seu comentário, que isso tudo é muito importante para o nosso podcast crescer cada vez mais e atingir cada vez mais gente.

Guilherme: Bom, faço das palavras do Roney as minhas, então depois dá um alô para a Cris, fala que você ouviu, que ela vai gostar muito de saber.

Se inscreva e deixe a sua avaliação no iTunes, se você ainda não fez isso.

E a gente se vê na segunda-feira que vem.

Um forte abraço

Guilherme e Roney: Do Senhor Tanquinho.

Guilherme: Você acabou de ouvir mais um episódio do podcast do Senhor Tanquinho.

Roney: Não deixe de se inscrever para não perder nenhum episódio com os maiores especialistas para a sua saúde.

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