Grávida Pode Fazer Dieta?
Quando a gente pensa que já conhece todas as dietas possíveis, logo aparece uma nova. E existem dietas para todos os gostos e objetivos: para emagrecer, para engordar, para ganhar massa muscular, para auxiliar o tratamento de alguma doença, entre tantas outras.
No entanto, quando falamos da alimentação, que é questão de sobrevivência para o nosso organismo, não podemos aderir a qualquer método sem antes conversarmos com o médico e nutricionista e termos certeza de que o programa alimentar em questão não poderá fazer mal.
Se isso já é importante para qualquer pessoa, é ainda mais fundamental para uma gestante, que além de se alimentar bem para cuidar da própria saúde, também precisa estar bem nutrida em prol da saúde do seu neném.
Mas será que grávida pode fazer dieta?
Não, não é correto dizer que a grávida pode fazer dieta, se esse regime se basear na restrição de calorias e na tentativa de perder peso, segundo a Associação Americana da Gravidez.
Até porque, conforme destacou a instituição, geralmente a futura mamãe precisa consumir 300 calorias a mais por dia. Porém, o valor precisa ser definido pelo médico e pelo nutricionista, conforme as necessidades de cada gestação e de cada mulher.
De acordo com a organização, tentar perder peso ao longo de uma gravidez pode ser perigoso para a futura mamãe e para o seu bebê porque um regime voltado para o emagrecimento pode restringir a ingestão de nutrientes importantes como ferro, ácido fólico (vitamina B9), além de outras vitaminas e minerais.
Para a Associação Americana da Gravidez, uma gestante não pode aderir a dietas como Atkins, South Beach, Dieta da Zona (Zone Diet), Dieta da Comida Crua (Raw Food Diet) e outras do tipo.
Durante a gestação, a futura mamãe não deve seguir nenhuma dieta para emagrecer, mas sim para ficar bem nutrida, com alimentos ricos em vitaminas e minerais. A alimentação da grávida não precisa ter grandes restrições, porém, a mulher precisa manter-se saudável e comer em horários regulares para fornecer de maneira igualmente regular os nutrientes que a criança necessita para se desenvolver apropriadamente.
A mulher que está acima do peso deve emagrecer antes de engravidar. Durante a gravidez não é hora de emagrecer e sim de não engordar mais. Dietas muito restritivas e dietas da moda em geral causam efeito rebote (o ganho de peso é maior que o peso inicial). O ideal são dietas balanceadas, montadas por profissionais competentes a partir de uma avaliação nutricional.
A diminuição do peso não é apropriada para a grávida que se encontra em um peso saudável antes da gestação. Entretanto, algumas pesquisas já sugeriram que para algumas grávidas, que estavam extremamente acima do peso ou obesas, com um alto Índice de Massa Corporal (IMC), perder algum peso ao longo da gestação pode ser possível e até benéfico. Mas isso acontecerá naturalmente se a mulher que comia muito antes da gravidez passar a comer normal, saudavelmente, durante a gestação.
No entanto, deixamos aqui um importante alerta: isso deve ser feito somente quando o médico julgar necessário e autorizar, além de acontecer apenas com o acompanhamento cauteloso e constante do médico e do nutricionista.
Tudo isso para certificar que a mulher receba os nutrientes que necessita e mantenha a sua saúde e a do seu filho em níveis ideais, de maneira que o desenvolvimento e o crescimento do neném não sejam prejudicados.
Os problemas da alimentação ruim na gestação
Não é aconselhável que a mulher grávida faça dietas de baixas calorias ao longo de sua gestação porque a criança pode nascer com baixo peso. A grávida que adere a um regime alimentar rígido compromete a própria saúde, assim como o desenvolvimento do seu neném.
A restrição do cardápio ao longo de uma gestação também pode fazer com que a mãe sofra com anemia e baixa imunidade ou tenha um trabalho de parto prematuro.
Outros problemas associados a essa restrição alimentar são o aumento da incidência de aborto, restrição do crescimento do bebê e alterações de circulação na placenta. A placenta é importante para que os nutrientes sejam disponibilizados para o bebê, que irá utilizá-los de acordo com as suas necessidades.
A má alimentação da mulher durante a gestação também pode atrapalhar a programação metabólica da criança no futuro, tornando-o mais propensa a sofrer com doenças como diabetes e obesidade.
Como se não bastasse, a grávida que não se alimenta corretamente pode ter desequilíbrios, o que inclui a disfunção de glândulas como a da tireoide, além de uma baixa produção hormonal.
Por outro lado
A dieta que uma gestante deve seguir é aquela que melhora os seus hábitos alimentares, assegurando que ela e o seu neném recebam uma nutrição adequada para a saúde de ambos, alertou a Associação Americana da Gravidez.
“A alimentação saudável durante a gravidez é crítica para o crescimento e o desenvolvimento do seu bebê. Para conseguir os nutrientes que necessita, você precisa comer uma variedade de grupos alimentares, incluindo frutas e vegetais, pães e grãos, fontes de proteínas e produtos laticínios”, destacou a organização.
Ou seja, se não se pode dizer que a grávida pode fazer dieta com restrição de calorias e/ou para emagrecer, também não dá para dizer que ela pode se alimentar de qualquer maneira, se enchendo de besteiras, guloseimas e fast-food.
A alimentação de uma futura mamãe precisa ser saudável e nutritiva. Para certificar que isso aconteça corretamente, ao descobrir que está esperando um neném, a mulher precisa contar com o acompanhamento do médico e do nutricionista para saber como montar a sua dieta dali para a frente e verificar quais alimentos devem ser limitados ou excluídos de suas refeições.
O acompanhamento com o médico e o nutricionista durante toda a gestação é fundamental para se certificar de que a nutrição da mulher esteja apropriada e que o seu ganho de peso esteja dentro do que é esperado.
Referências adicionais: http://americanpregnancy.org/pregnancy-health/diet-during-pregnancy/
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