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Alergia a Camarão – Sintomas, Remédio e O Que Fazer

Camarão

Muitas pessoas são apaixonadas por camarão, mas precisam evitar porque são alérgicas. Acredite, a alergia a camarão é muito comum, e pode desencadear uma resposta do organismo que varia de leve a grave, e para alguns pode ser fatal.

Ainda que a maioria das alergias alimentares tenha início na infância, a proveniente do camarão pode aparecer em qualquer momento da vida, mas costuma ser mais frequente em adultos, inclusive naqueles que já comeram camarão outras vezes e não apresentaram nenhum sintoma.

Se você, assim como milhares de pessoas, tem alergia a camarão ou deseja obter mais informações sobre o tema, veja aqui quais são os principais sintomas associados à condição, os tipos de remédio para tratar e também o que fazer se tiver uma reação alérgica.

Fatos sobre a alergia a camarão

O camarão é um ingrediente frequente em muitas receitas brasileiras. Ele é considerado um dos tipos mais consumidos de marisco, é muito saboroso e capaz de entregar nutrientes importantes, como o iodo, que não é farto em outros alimentos.

O fato é que muitas pessoas podem desenvolver uma alergia a camarão, que pode ser potencialmente grave, em alguns casos. Isso acontece porque quando é ingerido, o camarão pode levar o organismo a reagir de forma exagerada a uma proteína encontrada nos músculos do molusco chamada tropomiosina.

A partir daí, o organismo libera substâncias químicas, como a histamina, para atacar a tropomiosina, e justamente por isso o corpo pode experimentar uma série de sintomas, que para alguns podem ser leves, mas para outros graves, e quando não gerenciada pode ser até fatal.

Geralmente, se você é alérgico ao camarão, reagirá também a outros crustáceos, como: lagosta, lagostim, caranguejo e outros. Isso significa que você deve evitar todos os tipos, especialmente porque as reações alérgicas podem se tornar mais severas a cada ingestão.

Sintomas de alergia a camarão

Os sintomas da alergia a camarão podem se manifestar minutos após a sua ingestão para a maioria, mas alguns casos podem surgir dentro de uma hora. Cada um pode ter uma intensidade diferente, que pode variar entre leve, moderada e grave.  

Sintomas leves:

  • Comichão na pele;
  • Urticária;
  • Formigamento nos lábios;
  • Náuseas;
  • Tosse repentina e sem motivo aparente;
  • Nariz entupido.

Sintomas moderados:

  • Chiado e aperto no peito;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Vômito.

Sintomas graves:

Uma alergia grave é considerada uma emergência, pois esse tipo de reação pode causar choque anafilático, que apresenta riscos para a vida. Procure imediatamente um atendimento médico se você sentir:

  • Inchaço na garganta a ponto de dificultar ou impedir a respiração;
  • Queda na pressão arterial;
  • Pulsação rápida;
  • Tontura;
  • Perda de consciência.

Se você percebeu que tem sintomas leves e moderados, saiba que a tendência é que aconteça uma piora gradual se você continuar expondo o corpo ao camarão e outros crustáceos. Sendo assim, é importante procurar um médico para receber um diagnóstico preciso.

Para identificar se seus sintomas estão associados ao camarão, o médico pode realizar alguns exames físicos e também recomendar a realização de alguns outros exames, como:

  • Teste cutâneo: É feito com o objetivo de entender a resposta do seu corpo a um alérgeno suspeito. Para realizar, o médico responsável injeta uma pequena quantidade da proteína do camarão no antebraço ou nas costas da mão. Depois de 15 ou 30 minutos, ele analisa se apareceram colmeias ou inchaços se desenvolvem no local da aplicação. Se de fato aparecer algo, existem grandes chances de você ser alérgico ao camarão e demais crustáceos.
  • Exame de sangue: Observa como o sistema imunológico responde à proteína do camarão e verifica o nível de certos anticorpos na corrente sanguínea. Se alterações forem evidenciadas, a condição é diagnosticada.
  • Desafio alimentar oral: Se todos os exames foram realizados, mas ainda há dúvidas, um alergista pode solicitar um desafio alimentar oral. Ele é considerado o modo mais preciso de obter um diagnóstico de alergia alimentar. Durante o procedimento, o paciente come pequenas quantidades do alimento suspeito, e vai aumentando as doses gradualmente. Durante todo o tempo, o médico que estará observando se ocorre alguma reação. 

Como existe a possibilidade de uma reação grave, esse tipo de exame só pode ser conduzido por um alergista experiente, e em um local adequado, com medicação de emergência e equipamentos disponíveis.

Remédio

Como citamos, os sintomas são associados à gravidade da alergia e eles podem surgir depois de apenas alguns minutos da ingestão. Definir quanto tempo dura é muito particular, pois cada pessoa reagirá de uma forma diferente, mas eles costumam ser aliviados após a administração de um remédio para controlar.

Se você experimentar sintomas leves a moderados, como uma coceira, inflamação ou um desconforto geral, um anti-histamínico oral pode ajudar. Atualmente, vários tipos diferentes de anti-histamínicos que não precisam de receita médica são vendidos, porém nem todos têm o mesmo composto ativo. Sendo assim, é necessário verificar com seu médico ou farmacêutico qual deles é mais indicado para o seu problema, assim como a forma que ele deve ser administrado.

No entanto, se você experimentar uma reação alérgica moderada ou grave, como a anafilaxia, você pode sofrer com um estreitamento das vias aéreas, e um remédio como a epinefrina injetável pode reverter os sintomas de uma reação, abrindo as vias aéreas e estabilizando a pressão arterial.

Uma vez diagnosticado o problema, o médico pode prescrever um auto injetor de epinefrina para você administrar imediatamente se tiver sintomas graves como falta de ar, tosse repetitiva, pulso fraco, urticária generalizada, aperto na garganta, dificuldade para respirar ou engolir, ou uma combinação de sintomas de diferentes áreas do corpo, juntamente com vômitos, diarreia ou dor abdominal. 

Assim como qualquer remédio, a epinefrina pode trazer alguns efeitos colaterais desconfortáveis, e esses incluem: ansiedade, inquietação, tontura e tremores. Além disso, pessoas com certas condições pré-existentes estão mais predispostas a ter efeitos adversos, e por isso devem discutir o uso do remédio, assim como a dose e forma correta de utilizar, para evitar que ela melhore um problema e cause outro.

O que fazer?

Se você perceber uma reação alérgica ao camarão, deve buscar ajuda médica para que um medicamento seja administrado para tratar os sintomas. No entanto, a melhor forma de evitar é não comer camarão ou receitas que levam o ingrediente.

Para que isso seja possível, você terá que redobrar os cuidados na hora de preparar as refeições em casa e também quando for comer fora. Então, se sua refeição será feita em um restaurante, procure conversar com o garçom ou cozinheiro sobre sua alergia a camarão. Os pratos que comumente o incluem no preparo são:

  • Sopa de peixe francês, chamada de bouillabaisse;
  • Ceviche, que é feito com peixe, camarão e outros mariscos numa marinada cítrica;
  • Cioppino, que é um ensopado de peixe;
  • Clamato, um caldo que às vezes é usado em bebidas como Bloody Mary;
  • Scampi, um prato que contém lagosta ou camarão;
  • Gumbo, um ensopado de peixe e mariscos;
  • Paella, geralmente feito com camarão;
  • Jambalaya, que é um arroz específico feito frequentemente com camarão ou lagostim;
  • Molho de peixe tailandês, que pode levar camarão;
  • Mam tom, um molho de peixe vietnamita.

Além disso, restaurantes que oferecem comidas chinesas, japonesas, tailandesas, vietnamitas ou malaias muitas vezes incluem um molho de peixe feito de camarão, então vale evitar. Também tenha em mente que, ainda que seu prato não contenha camarão, você pode ter uma reação alérgica se a sua refeição foi preparada na mesma cozinha. A contaminação cruzada pode acontecer se o cozinheiro usar para preparar a sua refeição a mesma panela, utensílios e até o óleo que teve contato com o camarão, e se você é muito sensível, apenas o vapor do cozimento pode ser um gatilho.

Outro cuidado importante é criar o hábito de ler os rótulos de alimentos prontos e eliminar todos aqueles que contenham camarão ou outros mariscos, isso inclui caldo de peixe, tempero artificial de frutos do mar e outros. 

Felizmente (para os alérgicos), o camarão não é um ingrediente barato, isso significa que ele dificilmente estará oculto nos pratos. 

Alergia a camarão tem cura?

Infelizmente, a alergia a camarão não tem cura. No entanto, dois ensaios clínicos estão sendo conduzidos em grandes centros médicos de alguns países para alergias alimentares.

Esses estudos aplicam na pele dos participantes um adesivo com uma pequena quantidade de determinados alérgenos alimentares. Quando estão em contato, eles gradualmente liberam as doses com a finalidade de tornar a pessoa menos sensível à comida. 

Outro estudo introduz oralmente quantidades muito pequenas de um determinado alérgeno alimentar, e vai aumentando aos poucos para tornar o corpo menos sensível a substância.  

Os estudos são promissores, e estão avançando, mas nenhum deles foi aprovado ainda pela FDA. Vale reforçar também que a pesquisa atual está procurando alternativas para tornar as pessoas alérgicas menos sensíveis, isso significa que o problema não será eliminado. 

Palavras finais

A alergia a camarão pode trazer problemas sérios para aqueles que são sensíveis, então a forma mais eficaz de evitar a condição é não comer ou ter contato com o camarão, e isso inclui também possíveis fontes não alimentares do alérgeno. Por exemplo, adubo ou fertilizantes, comida de peixe, alguns curativos feitos de cascas de camarão, suplementos de cálcio provenientes do crustáceo ou glucosamina e suplementos de ômega-3 feitos com marisco podem ser nocivos para pessoas extremamente sensíveis.

Referências adicionais:

Você já foi diagnosticado com alergia a camarão? Em alguma vez que entrou em contato com o alérgeno, sofreu com sintomas pesados? Comente abaixo!

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