Ads Top

Sexo na quarentena: como lidar com o tesão e a castidade forçada?

Como administrar a abstinência sexual nestes tempos de isolamento? O Homem No Espelho consultou uma sexóloga para saber como enfrentar o período de “seca”.

Por Wilson Weigl

Muitos homens estão “subindo pelas paredes” e não sabem como lidar com a castidade forçada por estes tempos de isolamento social. Quem não tem um(a) parceiro(a) fixa não sabe aguentar a “seca” e direcionar o tesão e a vontade de fazer sexo. Como administrar a abstinência sexual total?

O Homem No Espelho consultou a sexóloga e escritora Jussania Oliveira, autora do livro Amor Próprio, sobre como enfrentar este período de privação, em que as relações sexuais viraram privilégio de quem é comprometido, casado ou tem namorada(o).

“Este pode ser um período de enorme frustração para os solteiros, acostumados aos contatos sexuais em baladas, bares e aplicativos. Porém é preciso saber lidar com a contrariedade e ter em mente que ninguém morre de privação sexual, mas morre da contaminação pelo coronavírus”, explica Jussania.

Como liberar o tesão acumulado em dias e semanas totalmente sozinho? “A ordem continua sendo evitar contato próximo com pessoas de fora da sua casa. Em isolamento, a saída é explorar a masturbação ou o sexo online”, diz Jussania.

Segundo a sexóloga, enquanto uma ala masculina consegue encarar a falta de sexo como fase passageira, uma outra ala igualmente numerosa sente extrema dificuldade em lidar com a volúpia. “A incerteza, o tédio, a estagnação profissional e a impossibilidade de retomar atividades prazerosas (academia, boteco, balada) aumentam a angústia, a ansiedade e o estresse. Por trás do tesão reprimido também estão sentimentos como a solidão e a saudade de se conectar com outras pessoas”, esclarece Jussania.

Mas tem mais. “Muitos homens sentem dificuldade em lidar com a abstinência porque a sociedade cobra que o macho seja uma máquina sexual, um garanhão, que esteja sempre pronto para a relação e seja responsável pela iniciativa no sexo. Não se encaixar nesse papel, mesmo que temporariamente, pode abalar a autoestima”, continua a especialista.

Passar um período (mesmo longo) sem fazer sexo não deve ser motivo de vergonha. Ao contrário: neste momento a abstinência não é só uma medida de autopreservação, mas um sacrifício em prol das pessoas que a gente ama. E até um ato de altruísmo para o bem da humanidade. Ao se manter em confinamento, você dá sua contribuição para o fim da pandemia, que é o que todos queremos.

Como se sabe, mesmo que você não se enquadre nos principais grupos de risco do coronavírus (idosos e portadores de doenças prévias que prejudicam a imunidade), pode contrair o vírus e transmiti-lo a outras pessoas antes mesmo de apresentar sintomas.

Confira as dicas da sexóloga Jussania Oliveira para superar o período de abstinência. Relaxe e goze!

Masturbe-se sem culpa

É o momento de colocar mãos à obra! Literalmente! Para a maioria dos homens, é desnecessário dar incentivo a se masturbar, porque é difícil achar um cara que não “bata uma” vez ou outra. Mas agora é hora de explorar essa tática sem culpa ou repressão.

Um homem pode se masturbar quantas vezes ele quiser, quando quiser, pois essa é uma prática sexual normal. Pode “tocar uma” não só em tempo de isolamento social, mas durante toda a vida. Porém, muitos caras se sentem constrangidos em admitir que jogam no “cinco contra um”. “Existe um enorme tabu a respeito do adulto que exerce essa atividade solitária, como se ela fosse ‘coisa de adolescente’. A sociedade cobra que ele deveria estar transando por aí em vez de estar sozinho se masturbando”, diz Jussania Oliveira. Existe ainda outro tabu em relação à masturbação, como se ela fosse um “desperdício” da energia sexual. Tudo bobagem!

“Apesar de que para alguns homens a masturbação não seja tão prazerosa quanto transar, é uma alternativa sexual muito satisfatória”, diz a sexóloga.
O cuidado é não deixar que a prática se torne compulsiva, a ponto de deixar que o prazer solitário substitua a busca pela relação com outra pessoa.

A masturbação também contribui para a liberação de fantasias sexuais que nem sempre a gente tem coragem de compartilhar com um(a) parceiro(a). Ela contribui para o bem-estar psicológico porque permite dar livres asas à imaginação. Então, ponha a mão na massa!

Descubra seus pontos de prazer

“Os homens tendem a focar seu prazer só no pênis e esquecem que o corpo masculino tem muitas outras zonas erógenas”, diz Jussania Oliveira. “Por encontrar tanta satisfação em manipular o pênis, deixam de explorar a satisfação erótica em outros pontos do corpo”. Portanto, os mamilos, a parte interna das coxas, os sovacos, os testículos e o ânus são lugares a serem descobertos. Sem crise de macheza!

Essa exploração do próprio corpo pode ser uma viagem de autodescoberta, ajudando você a descobrir lugares onde gosta de ser tocado e acariciado. Um novo conhecimento que você vai poder colocar em prática com as(os) parceiras(os) de cama. E a sugestão vale também para quem é casado ou comprometido.

“Massageie seu corpo – no banho por exemplo – e comece a identificar os pontos que lhe dão prazer além do pênis”, sugere a sexóloga.

Faça sexo online

Sim, é o que temos pra hoje! A modalidade de sexo online, antes vista como uma forma “menor” de prazer, tornou-se agora um jeito fácil e descomplicado de se relacionar sexualmente à distância com outra pessoa.

Experimente descobrir parceiras(os) nos sites de encontros online, salas de chat e aplicativos de sexo que permitem chamadas de vídeo. Ou então faça chamadas por Skype, Facetime ou Whatsapp com os “peguetes” da sua agenda!

Seja criativo! Nos calls, explore os ângulos da câmera, mostre seu repertório erótico e não esqueça de colocar em prática seu vocabulário sexy de palavrinha safadas. Não se esqueça também de caprichar no visual: mostre-se com barba e cabelo em dia e pelos corporais aparados.

Dá para fazer sexo ao vivo?

Quem não resiste à tentação de fazer sexo de verdade precisa ter consciência de que não só pondo em risco sua saúde como também a de outras pessoas. Especialmente se convive com pais, avós e idosos, principais grupos de risco do coronavírus. Não marque encontros com desconhecidas(os), por meio de aplicativos de sexo, por exemplo. Nem apele para as(os) profissionais do sexo.

Não foi comprovada a transmissão do coronavírus por via sexual (nem pelo esperma nem pelos fluidos vaginais), mas ele é transmitido pela saliva e secreção respiratória. Mesmo que sua relação sexual não envolva beijar, você pode contrair ou transmitir a doença por esses fluidos.

Sabia que o coronavírus já foi encontrado nas fezes de pessoas infectadas? Portanto, sexo anal sem camisinha e beijos no ânus devem estar fora de cogitação.

Enfim, este é um momento para preservar a saúde e colaborar com o bem comum. Segure a onda com masturbação ou sexo virtual. Uma curiosidade: a prefeitura de Nova York, um dos maiores focos da epidemia, divulgou um manual de sexo seguro chamado “Você é Seu Parceiro Mais Seguro”. Não tenha dúvida disso.

https://www.instagram.com/homemnoespelho/

O post Sexo na quarentena: como lidar com o tesão e a castidade forçada? apareceu primeiro em Homem No Espelho.

Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Sexo na quarentena: como lidar com o tesão e a castidade forçada?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
[no-sidebar]

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.