Graviola Faz Mal Pros Rins?
A graviola (Annona muricata L.) é uma fruta originária das Antilhas, que também pode ser conhecida pelos nomes de araticum, araticum-de-comer, araticum-manso, araticum-do-grande e jaca-do-pará.
Ela é classificada como uma fruteira tropical e pode ser encontrada em regiões litorâneas e no semiárido do Nordeste do Brasil.
Composta, em média, por aproximadamente 54% de polpa, 36% de casca e 10% de sementes, a graviola é composta por nutrientes como carboidratos, fibras, cálcio, fósforo e vitamina C.
Além de consumi-la in natura, podemos utilizar a fruta em receitas de sucos de graviola, doces, sorvetes ou saladas, por exemplo.
Mas será que a graviola faz mal pros rins?
A especialista em nutrição fitness Malia Frey disse que o centro de tratamento do câncer de Nova Iorque Memorial Sloan Kettering Cancer Center aconselha que pessoas com doença no fígado ou nos rins, com baixa contagem de plaquetas ou que estejam fazendo parte de qualquer estudo de imagem nuclear, não consumam a graviola ou as suas folhas.
Conforme Frey, a instituição também alerta que o uso repetido da graviola pode provocar toxicidade aos rins e ao fígado e que ela pode provocar efeitos colaterais como distúrbios de movimento e uma condição com sintomas similares à doença de Parkinson.
No mesmo sentido, o Cancer Research UK, instituição beneficente do Reino Unido voltada ao câncer, destaca que a graviola faz mal pros rins e fígado caso seja utilizada frequentemente.
O Medical News Today também bateu nessa tecla de que a utilização repetida da graviola faz mal pros rins e o fígado. A publicação aconselhou que os pacientes que sofrem com problemas nos rins ou no fígado não devem fazer uso da graviola.
Entretanto, segundo uma matéria de 2017 do Livestrong, o Memorial Sloan Kettering Cancer Center também alertou que são necessárias maiores pesquisas em seres humanos para a comunidade médica informar ao público sobre os riscos e os benefícios da graviola.
A graviola e a doença renal crônica
Um documento da Fundação dos Rins do Canadá classifica a graviola dentro do grupo de frutas que podem precisar ser evitadas pelas pessoas que sofrem com a doença renal crônica por conta da sua quantidade de potássio.
A explicação da organização é que normalmente, rins saudáveis vão manter a quantidade correta de potássio no corpo, já se os rins não estiverem trabalhando bem, o nível de potássio pode ser muito alto ou muito baixo, e isso pode afetar os batimentos cardíacos. A fundação também alerta que um nível muito elevado de potássio pode fazer com que o coração pare de bater.
Segundo a instituição canadense, algumas pessoas nos estágios iniciais da doença renal crônica não necessitam limitar a ingestão de potássio, enquanto outras precisam restringir o consumo do alimento. Cortar a ingestão do nutriente é benéfico somente quando os níveis encontram-se elevados, completa a organização.
Os pacientes que são submetidos à hemodiálise precisam limitar o consumo de potássio para evitar um grande acúmulo entre os tratamentos, informa a Fundação dos Rins do Canadá.
Já os que seguem um tratamento como a diálise peritoneal podem conseguir ingerir uma variedade maior de alimentos com potássio; entretanto, é necessário checar com o médico e/ou nutricionista para ter certeza, ressalta a instituição.
“Se você precisa restringir o potássio, o seu médico e/ou nutricionista vão te dizer quanto potássio você pode consumir a cada dia para manter os seus níveis de potássio em uma taxa saudável”, esclarece a Fundação dos Rins do Canadá.
Para quem já sofre com problemas nos rins
É fundamental consultar o médico para saber como toda a alimentação deve funcionar, verificar se a graviola faz mal pros rins e qual a quantidade máxima da fruta que pode ingerir no dia a dia, desde que ela seja liberada na dieta, obviamente.
Além disso, é essencial seguir todo o restante do tratamento que já foi indicado pelo médico para lidar com o problema renal em questão. Tenha sempre em mente que cada quadro é único e exige um acompanhamento individualizado com o médico.
Lembre-se ainda de que este artigo serve unicamente para informar e jamais pode substituir o diagnóstico, a opinião e as recomendações do médico.
Outras contraindicações e cuidados com a graviola
Agora que já analisamos se é verdade que a graviola faz mal pros rins, vamos conhecer outros riscos associados à sua utilização.
De acordo com informações do WebMD, a graviola não deve ser utilizada por mulheres que estejam grávidas ou em período de amamentação de seus bebês. Além disso, a publicação alertou que a graviola pode piorar os sintomas da doença de Parkinson.
Segundo o Drugs.com, as pessoas com doença de Parkinson também devem evitar o consumo da fruta ou de decocções (o ato de ferver plantas em um líquido) preparadas a partir das suas folhas.
Quem tem caxumba, afta ou ferimentos na boca ou sofrem com a hipotensão (pressão arterial baixa) também não pode consumir a graviola.
Se você faz uso de qualquer remédio, suplemento ou planta, antes de consumir qualquer parte da graviola, converse com o médico para saber não faz mal usar a substância em questão ao mesmo tempo que a graviola.
Por exemplo, Malia Frey, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, também recomenda que pessoas que usam medicamentos para a pressão arterial e para a diabetes não consumam a graviola.
No mesmo sentido, pacientes que sofrem com a hipertensão precisam consultar o médico cardiologista em relação ao consumo da graviola porque ela pode interagir com medicamentos utilizados no tratamento da condição ou diminuir demais a pressão, possivelmente gerando uma hipertensão.
Nenhum comentário: