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Remédio para Depressão – 6 Mais Usados

Remédio para depressão

A depressão é uma condição mental que afeta milhões de pessoas no mundo todo, que pode afetar qualquer pessoa em qualquer etapa da vida.

Ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, depressão não é “frescura”. Trata-se de uma doença muito séria e que precisa de tratamento, já que ocorre um desequilíbrio de substâncias no cérebro responsáveis pelos sintomas. O tratamento com medicamentos ajuda a equilibrar os neurotransmissores e aliviar os sintomas da doença.

Atualmente, já existem diversas opções de remédio para depressão que atuam de forma diferente com o mesmo propósito: melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a condição.

Vamos mostrar os remédios para depressão mais usados e seus efeitos, além de dar dicas de remédios caseiros e hábitos que podem ajudar a lidar com a doença.

Remédio para depressão

Existem diversas opções de antidepressivos para tratar a depressão. Apesar de eles não curarem a doença, é possível reduzir os sintomas de forma eficaz, desde que o remédio ou a combinação correta seja administrada ao paciente.

Nem sempre um medicamento funciona logo de primeira. Como existem várias classes de antidepressivos, algumas pessoas respondem melhor a tipos específicos e só é possível descobrir o certo para você através de uma análise profunda de sintomas e por meio de tentativa e erro.

Somente um médico especialista, que é o psiquiatra, é capacitado para prescrever e acompanhar o tratamento de pacientes com depressão.

Algumas pessoas podem melhorar apenas através de psicoterapia, alterações no estilo de vida e uso de remédios naturais. Para outras, é necessário o uso de medicamentos prescritos para restabelecer o equilíbrio de substâncias químicas no cérebro.

Assim, para determinar o tratamento adequado, o psiquiatra deve analisar diversos fatores, como:

  • Sintomas: Alguns antidepressivos funcionam melhor para sintomas específicos do que outros. Se o paciente tem muitos problemas para dormir, por exemplo, é possível a escolha de um remédio para depressão que também tenha efeito sedativo;
  • Efeitos adversos: Os efeitos colaterais também devem ser considerados na hora da escolha. Isso deve ser feito através de uma discussão entre médico e paciente para avaliar os prós e os contras de cada um dos medicamentos disponíveis para o tratamento;
  • Histórico familiar: A depressão tem um fator hereditário que pode influenciar no desenvolvimento da doença. Desta forma, se o paciente tem um parente próximo de primeiro grau diagnosticado com depressão, é provável que o medicamento que ele toma também funcione para o paciente;
  • Interação com outros medicamentos: Se o indivíduo já faz uso de algum medicamento de uso contínuo, é importante considerar possíveis interações medicamentosas;
  • Outras condições de saúde específicas: Alguns antidepressivos podem interferir em outras condições e saúde mental ou física. Assim, é importante conversar com o médico para garantir que sua saúde não seja prejudicada;
  • Gravidez: O uso de alguns antidepressivos pode ser prejudicial ao bebê durante a gestação ou amamentação. Assim, é essencial analisar os benefícios e os riscos do tratamento. Dependendo do grau da depressão, é possível interromper ou diminuir a dose da medicação durante o período gestacional e da amamentação. No entanto, se os riscos de não tomar o remédio para depressão forem maiores do que os riscos ao bebê, é essencial manter a medicação sob supervisão médica frequente.

Usos de remédios para depressão

Além da depressão, medicamentos antidepressivos também podem ser prescritos em alguns casos de:

  • Transtorno obsessivo compulsivo (TOC);
  • Estresse pós-traumático;
  • Transtorno de ansiedade;
  • Transtorno bipolar;
  • Transtornos de personalidade;

Embora não seja indicado, algumas pessoas usam antidepressivos para tratar condições como insônia, dores crônicas e enxaqueca.

Remédio para depressão  

Os remédios para depressão são divididos em diversas classes que atuam em substâncias específicas no cérebro. Neurotransmissores associados à depressão incluem a serotonina, a norepinefrina e a dopamina. A maioria dos medicamentos atua nesses neurotransmissores.

Separamos uma lista com as classes de medicamentos mais utilizados para o tratamento da depressão e os principais remédios de cada uma das classes.

1. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina

Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) são a classe de antidepressivos mais prescritos. Eles ajudam a combater os sintomas da depressão reduzindo a captação de serotonina no cérebro, fazendo com que mais serotonina fique disponível e melhore o humor.

Os ISRSs mais prescritos incluem:

Os principais efeitos colaterais desses medicamentos incluem:

  • Náusea;
  • Diarreia;
  • Nervosismo e ansiedade;
  • Dificuldade para dormir ou sonolência;
  • Tremores;
  • Perda de peso;
  • Boca seca;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Erupções cutâneas;
  • Episódios de hipoglicemia;
  • Visão turva;
  • Sudorese;
  • Disfunções sexuais.

Essa classe é a preferida dos médicos porque os efeitos colaterais geralmente não são observados ou costumam ser mais leves do que outras classes de antidepressivos.

2. Inibidores da recaptação da serotonina e da norepinefrina

Os inibidores da recaptação da serotonina e da norepinefrina (IRSNs) ajudam a aumentar os níveis de serotonina e também de norepinefrina no cérebro, reduzindo os sintomas depressivos. Os principais medicamentos dessa classe são:

  • Desvenlafaxina (Pristiq e Khedezla);
  • Duloxetina (Cymbalta);
  • Levomilnaciprano (Fetzima);
  • Venlafaxina (Efexor XR).

Dentre os efeitos adversos que podem ser observados ao tomar algum remédio para depressão desta classe, estão:

  • Boca seca;
  • Fadiga;
  • Sonolência;
  • Náusea;
  • Perda de apetite;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Sudorese;
  • Disfunção sexual;
  • Constipação.

Esses medicamentos devem ser tomados com muita cautela, já que interromper o tratamento de modo abrupto ou pular várias doses pode causas sintomas como os de abstinência.

3. Antidepressivos tricíclicos

Os antidepressivos tricíclicos são medicamentos que normalmente só são usados quando os IRSNs ou os ISRSs não funcionam para o paciente. Os principais remédios dessa classe de medicamentos são:

  • Imipramina (Topranil);
  • Amitriptilina (Elavil);
  • Amoxapina (Moxadil);
  • Desipramina (Norpramin);
  • Doxepina (Sinequan);
  • Clomipramina (Anafranil);
  • Nortripitilina (Pamelor ou Aventyl);
  • Protriptilina (Vivactil);
  • Trimipramina (Surmontil).

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ser observados incluem:

  • Fadiga;
  • Prisão de ventre;
  • Boca seca.

Em alguns casos, pode ocorrer visão turva, tremores, confusão mental, queda na pressão arterial sanguínea, frequência cardíaca irregular e convulsões.

Devido ao risco de efeitos colaterais potencialmente graves, essa classe de remédio para depressão só é prescrita quando outros tipos de tratamento não surtem efeito ou quando além da depressão o paciente sofre de transtornos mentais como o TOC ou o transtorno bipolar.

4. Bloqueadores de recaptação de dopamina

Essa classe de medicamentos atua na depressão através do aumento da disponibilidade de neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina, ambos envolvidos na melhoria do humor e bem-estar.

O remédio mais popular dessa classe é a bupropiona, que além da depressão também é usado como remédio para parar de fumar.

Os efeitos colaterais que podem ser observados incluem:

  • Vômito;
  • Náusea;
  • Constipação;
  • Tontura;
  • Disfunção sexual;
  • Visão turva.

5. Inibidores da monoamina oxidase

Os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs) são remédios para depressão que ajudam a aumentar a concentração de neurotransmissores como norepinefrina, dopamina e serotonina no cérebro através da inibição da enzima monoamina oxidase, que participa da destruição desses neurotransmissores.

Eles geralmente são prescritos quando os outros 4 tipos de remédio para depressão não funcionam.

Os IMAOs têm maior risco de interagir com outros medicamentos e também com alimentos. Além disso, não podem ser combinados com outros tipos de antidepressivos ou compostos estimulantes.

Os principais medicamentos desta classe são:

  • Isocarboxazida (Marplan)
  • Fenelzina (Nardil)
  • Selegilina (Emsam)
  • Tranilcipromina (Parnate)

Os efeitos adversos podem incluir:

  • Náusea;
  • Tontura;
  • Erupções cutâneas;
  • Visão embaçada;
  • Edemas;
  • Sonolência ou dificuldade para dormir;
  • Perda ou aumento de peso;
  • Disfunção sexual;
  • Diarreia;
  • Inquietação.

6. Antidepressivos noradrenérgicos e específicos serotoninérgicos

Esses medicamentos, chamados também de antagonistas noradrenérgicos, são geralmente usados para tratar casos mais graves em que além da depressão ocorrem transtornos de ansiedade ou de personalidade. Eles atuam aumentando a atividade noradrenérgica e serotonérgica central, que têm a ver com a melhora da resposta ao estresse e com o alívio de sintomas depressivos.

Os principais exemplos desses remédios incluem:

  • Mirtazapina (Remeron, Zispin e Avanza);
  • Mianserina (Tolvon).

Efeitos colaterais como os mencionados abaixo podem ser observados:

  • Boca seca;
  • Aumento de peso;
  • Prisão de ventre;
  • Sonolência excessiva;
  • Tontura;
  • Visão embaçada.

Em casos graves pode ocorrer convulsões, desmaios e reações alérgicas.

Dicas e cuidados

Alguns antidepressivos, principalmente quando tomados por jovens menores de 25 anos de idade, podem causar efeitos adversos perigosos como pensamentos suicidas. Assim, é importante o acompanhamento médico e a observação de um familiar nas primeiras semanas de tratamento.

Além disso, é preciso ter paciência nos primeiros dias de tratamento, já que a maioria dos antidepressivos demora no mínimo uma semana para começar a fazer efeito.

Também é possível que seja necessário trocar de medicamento para observar melhora no quadro depressivo, já que cada um tem uma ação específica no cérebro.

Para ter sucesso no tratamento, é importante:

  • Relatar todo e qualquer sintoma ao médico;
  • Tomar o medicamento sempre nos dias e horários exatos determinados pelo psiquiatra;
  • Frequentar o consultório médico para acompanhar o tratamento e fazer os ajustes necessários;
  • Não pular doses ou deixar de tomar o medicamento por conta própria;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas em hipótese alguma;
  • Evitar o uso de ervas e suplementos sem antes informar um médico devido ao risco de interações;
  • Aliar o uso de medicamentos com hábitos saudáveis e terapia com um psicólogo.

Tratamentos complementares

Embora os antidepressivos possam tratar os sintomas da depressão, nem sempre eles abordam suas causas. Por esse motivo, eles devem ser usados em combinação com a terapia para tratar a depressão e outras condições de saúde mental.

Uma terapia que costuma trazer bons resultados e ajudar a lidar melhor com a doença é a terapia cognitivo-comportamental. Fazer terapia pode ajudar a identificar e lidar com as causas da depressão para superar a doença com mais facilidade.

Duração do tratamento

Segundo o Royal College of Psychiatry, no Reino Unido, 6 a cada 10 pessoas apresentam uma melhora significativa nos sintomas depressivos após 3 meses de tratamento.

Ao melhorarem os sintomas, o paciente não deve em hipótese nenhuma reduzir a dose ou parar o uso do remédio para depressão por conta própria. É importante manter o uso por pelo menos 6 meses após a estabilização da doença ou pelo tempo que seu médico determinar.

Ao parar de tomar o medicamento por si só, o risco de os sintomas retornarem é muito grande. Algumas pessoas têm recaídas da doença quando param de se medicar. Por esses motivos, a supervisão médica é tão importante, para que ele possa regular as doses sempre que necessário. A depressão é uma doença como qualquer outra que precisa de acompanhamento médico.

Algumas pessoas precisam tomar remédios para depressão por vários anos ou até durante toda a vida.

Outras dicas para vencer a depressão

A depressão não é vencida apenas com o uso de medicamentos. É importante tentar manter uma vida ativa e não se render à condição.

1. Dieta

Ter uma dieta saudável e equilibrada ajuda a restabelecer o equilíbrio de neurotransmissores envolvidos na estabilização do humor e da sensação de bem-estar. Alimentos ricos em ômega-3 como peixes gordurosos e nozes são ótimos para nutrir o cérebro e reduzir sintomas da depressão.

2. Exercícios físicos

A prática de atividades físicas ajuda a liberar substâncias no organismo que melhoram a disposição e humor.

3. Apoio psicológico

É essencial buscar suporte psicológico para aprender a lidar com a doença e identificar as causas dela.

4. Apoio da família e amigos

Pessoas com depressão tendem a se isolar do convívio social. No entanto, é muito importante se envolver em atividades com familiares e com amigos para melhorar a autoestima e não se sentir desamparado.

5. Rotina

A depressão pode muitas vezes tirar a vontade de realizar atividades no dia a dia. Estabelecer uma rotina e se esforçar para segui-la pode ajudar o cérebro a não desistir das atividades.

6. Sono

É essencial cuidar da quantidade e qualidade do sono. Dormir demais não é legal, mas dormir pouco é mais prejudicial ainda para a saúde. A privação de sono pode piorar os sintomas e até desencadear outros transtornos mentais.

7. Autoestima

Procure algo novo para fazer que te dê prazer. É importante cuidar de si mesmo e voltar a ter prazer em atividades simples. Além disso, quando fazemos algo diferente, o cérebro evolui. Pode ser difícil enxergar atividades prazerosas quando se tem depressão, mas é importante continuar tentando melhorar a autoestima e ser feliz.

Referências adicionais:

Você já precisou tomar algum remédio para depressão? Qual destes listados acima foi recomendado pelo médico? Como foram os resultados? Comente abaixo!

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