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Podcast #050 – Claudia Vilaça Revela Como Obter Hipertrofia Na Dieta Cetogênica (Sem Usar Hormônios Nem Suplementos, E Após Os 50 Anos)

Eu gostava muito do vinho, gostava do macarrão, de comer um monte de pão… mas não gostava de sentir como eu me sentia.”

No podcast de hoje, contamos com a fisiculturista natural Claudia Vilaça.

Como você vai ver, a Claudia tem uma história fascinante.

Sedentária até os 46 anos, passou os últimos 10 se dedicando a dieta e treino…

E aproveitou para ganhar alguns títulos no mundo do fisiculturismo natural — competindo com mulheres com idade para serem suas filhas.

De onde vem tanta dedicação?

Como é a dieta da Claudia?

É isso que vamos ver no episódio de hoje. Porque ela vai contar exatamente:

  • como começou a se interessar por treino depois dos 46 anos,
  • por que ter um filho gordinho a ajudou a entrar em forma,
  • como uma extinta rede social mudou sua maneira de pensar os treinos,
  • por que treinar com alta intensidade pode ser bom,
  • como é a dieta da Claudia,
  • como a Claudia largou o vinho, o café e o cigarro,
  • como montar uma dieta low-carb para a hipertrofia,
  • os 3 elementos necessários para o ganho de massa magra,
  • como conciliar o esporte com a vida corrida,
  • em quais alimentos basear sua alimentação saudável,
  • como a Claudia começou a competir no fisiculturismo,
  • como solucionar o intestino preso,

e muito mais.

Então escute o podcast com muita atenção.

Para conhecer a história dessa atleta campeã.


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Depois de escutar, você pode falar com a Claudia alguma das seguintes maneiras:

Conte para ela que ouviu o podcast! Ela vai amar saber disso.

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A transcrição completa segue abaixo. Esperamos que goste!

Claudia Vilaça — Transcrição Completa Do Episódio

Antes de mais nada, gostaríamos de registrar nossos agradecimentos à loja Tudo Low-Carb.

A Tudo Low-Carb é um ecommerce de produtos baixos em carboidratos.

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Tendo dito tudo isso, hora do show!


Guilherme: Olá, Tanquinho! Olá, Tanquinha!

Bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast.

E hoje nós contamos com a presença da Claudia Vilaça. Tudo bem, Claudia?

Claudia Vilaça: Tudo bem! Prazer estar aqui com vocês!

Roney: A Claudia é advogada e também fisiculturista — e segue uma linha de alimentação de comida de verdade, baixa em carboidratos.

Então, Claudia, como você pode começar a se apresentar e falar um pouquinho sobre você para quem ainda não te conhece?

Claudia Vilaça: Olá, boa tarde!

O meu nome é Claudia Vilaça, eu tenho 56 anos, faço 57 agora em maio.

E até os 46 anos eu era completamente sedentária.

Eu me alimentava muito mal, eu sofria de uma série de problemas de saúde que, na época, eu julgava serem coisas normais, naturais para uma mulher da minha idade.

Eu tenho dois filhos, moro em São Paulo, sou advogada, escritora e atleta campeã internacional de fisiculturismo natural.

O fisiculturismo natural é o fisiculturismo em sua forma pura, ou seja, o esporte sem o uso de nenhum recurso que seja capaz de promover uma melhora na performance, um aumento de força; nenhum recurso que represente alguma vantagem do atleta sobre seus concorrentes.

Então o fisiculturismo natural, ao contrário do fisiculturismo normal, em que é muito frequente o uso desses recursos, no fisiculturismo natural não se faz uso de anabolizantes, nenhum tipo de hormônio, modulação hormonal, reposição hormonal.

Também não se usa estimulantes, termogênicos, diuréticos, nem fórmulas manipuladas que contenham alguma substância vetada de acordo com os padrões do Comitê Olímpico Internacional e da Agência Mundial Antidoping.

E é feito um exame antidoping para todos os atletas, todos eles, 100%, antes de todas as competições.

Então na hora que nós vamos fazer, todos os campeonatos que eu participei, na hora em que se faz a inscrição e imediatamente vai coletar o material para o exame antidoping.

E, apesar de não ser proibido, no fisiculturismo natural, o uso de suplementos de proteína, aminoácidos, vitaminas, etc.; eu, particularmente, não faço uso de nada disso.

Eu tenho uma dieta 100% natural, paleo, de baixo carboidrato, sem alimentos processados, sem nenhum tipo de suplemento, sem vitaminas sintéticas e também sem álcool.

Eu tenho 56 anos, já estou na menopausa há alguns anos e eu não faço, nem nunca fiz nenhum tipo de tratamento ou terapia para a menopausa.

E, curiosamente, eu entrei na menopausa e passei por essa fase sem nenhum desconforto, sem nenhum problema.

Simplesmente a minha menstruação parou de vir e pronto.

Não senti mais nada, a minha vida continuou exatamente igual ao que era antes.

E eu também não tomo nenhum tipo de medicamento ou fórmula de uso contínuo ou frequente.

Guilherme: Caramba!

Certamente é um relato bem diferente da maioria das mulheres aí que passam por essa fase, ?

Geralmente elas relatam bastante sintomas e tudo mais.

E é claro que você também tem o estilo de vida diferente da maioria das mulheres dessa idade também.

Claudia Vilaça: Sim.

O Começo De Tudo

Guilherme: Claudia, como você começou a se interessar, então, por treino, alimentação e chegou até o fisiculturismo?

Porque você mencionou que até (relativamente) poucos anos atrás não se interessava. Como foi essa transição?

Claudia Vilaça: Até os 46 anos eu era sedentária em tempo integral.

Eu e toda a família, praticamente. E aí eram todos aqueles problemas de alergia, intestino preso, cisto no ovário, enxaqueca…

Eu também tinha uma flacidez mórbida!

Eu era mole, a mulher gelatina!

Toda mole… eu só usava blusa de manga comprida, calça comprida. Eu não usava short, blusa de manga cavada. Nem pensar!

Eu também não tinha energia para nada, eu sentia um cansaço mortal.

Mas achava que isso aí era normal, porque eu já era uma quarentona e que era normal que isso acontecesse.

E nessa época… eu pisei pela primeira vez em uma academia de ginástica para acompanhar o meu filho.

Porque eu tinha uma missão porque ele era um adolescente gordinho, com aquela barriga que fazia uma cabaninha por baixo da camiseta do uniforme.

Quem de vocês… é o Guilherme que também era assim?

Guilherme: Aham!

Claudia Vilaça: Fazia aquela tenda embaixo da camisa.

Ele só usava isso, só usava roupas largas, calça de elástico na cintura e aquelas camisetonas grandes por cima.

E aí eu sugeri que ele fizesse alguma atividade física para, sei lá, para dar alguma coisa que diminuísse aquela barriga, que estava ficando uma coisa indecente.

Havia uma academia de ginástica recém-inaugurada no quarteirão da minha casa, um quarteirão de distância.

E aí eu sugeri: “Ah, que tal? Vai lá! Matricule-se na academia! Vai lá, vá fazer alguma coisa!”.

Aí, ele muito chateado com aquela conversa de entrar e forma e tal, ele me desafiou: “ bom, mãe. Eu vou para a academia. Se você for também!”.

Ele tinha certeza de que isso me desencorajaria e eu colocaria um ponto final naquele assunto. Mas aí eu topei o desafio e falei: “Tá bom! Eu vou!”. E aí fomos.

Começamos os dois a frequentar a academia de ginástica.

No início eram aquelas séries para iniciantes mesmo, só tinha um treino, eram muitas máquinas, aqueles pesinhos cotonetes — aqueles pesinhos coloridos — e nós treinávamos.

Um dia fazíamos musculação e no outro dia andávamos na esteira e praticamente era isso.

Aí nesses dias da esteira o meu filho ficava vendo televisão.

A academia tinha uma televisão por máquina na esteira e enquanto ele ficava vendo TV enquanto ele ficava andando, eu ficava observando as pessoas na sala de musculação e isso me chamava a atenção.

Eu ficava prestando atenção a quem tivesse um corpo bacana ou quem eu visse que treinava com garra — aquilo eu achava bacana de ver, porque era uma coisa muito diferente do meu universo. Eu me sentia uma estranha no ninho ali.

Mas eu comecei a observar e me chamou particularmente a atenção um casal.

Eles treinavam muito pesado, muito concentrados e eu ficava fascinada com aquilo, com aquele jeito, com aquela concentração que eles demonstravam.

E aí eu comecei a anotar.

Eu levava um caderno e ficava observando.

Na posição em que eu estava sempre era possível observar toda a sala de musculação.

Então eu via, eu anotava: eles estão na máquina tal — eu não sabia o nome das máquinas, o nome dos exercícios, mas eu inventei um código e fazia uns desenhinhos assim.

E aí eu via quantas repetições ela fazia, de que maneira que era… ficava observando.

E depois, quando era a minha vez de treinar, eu fazia a minha série normal e ficava tentando reproduzir aqueles movimentos, aquelas coisas, e tentava seguir…

Quando eles estavam treinando também eu dava um jeito de ficar por perto, de olhar — e assim começou, eu comecei a me interessar.

Aí, na época — isso foi há dez anos — era 2009 e a rede social do momento era o Orkut.

O Facebook já existia, mas não era muito popular. O Instagram ainda não existia.

Aí eu abri um perfil no Orkut e comecei a frequentar umas comunidades de treino, de musculação… comecei a fuçar!

Comecei a ler também, eu via uns fóruns de fisiculturismo e hipertrofia.

E eu comecei, nas minhas horas vagas, a mergulhar naquele mundo para aprender, para tentar entender como as coisas funcionavam.

Na época eu nem sabia direito o nome dos músculos, eu não sabia das partes do corpo, não entendia nada de fisiologia e tal. Mas fui, aos pouquinhos, aprendendo.

E nessas minhas viagens, nessas minhas experiências no Orkut, eu me deparei com uma coisa que acabou mudando a minha vida e determinou a maneira de treinar.

Eu acho que foi uma sorte assim… eu me deparei com uma comunidade, com um pessoal que treinava segundo os métodos do HIT, do Arthur Jones.

(Não confundir com HIIT — treinamento intervalado de alta intensidade.)

HIT — Treinamento De Alta Intensidade

Aí eu aprendi — o HIT é o Treinamento de Alta Intensidade — sobre intensidade, sobre a velocidade de execução, sobre a importância da cadência e a coisa principal de tudo isso foi que eu aprendi a treinar até a falha — até a falha muscular, falha concêntrica momentânea.

E eu, com poucos meses de academia, no primeiro, no segundo mês, eu já abandonei a fichinha de treino.

Eu levava um caderninho, eu tinha um caderno, eu anotava as coisas — naquela época o meu celular, tijolão, não tinha muitos recursos — então eu pegava no computador, imprimia as fotos, imprimia as coisas, colava no caderno, levava o caderninho para a academia e ficava na frente do espelho, ficava tentando reproduzir aquilo.

E contava o tempo da cadência, fazia os movimentos bem lentos, bem controlados.

Então isso determinou toda a minha caminhada na musculação e no esporte — no fisiculturismo — desde muito cedo, desde o começo eu tive essa sorte.

E esse método também é muito bacana porque ele evita lesões.

Você treina com alta intensidade, você vai no seu limite, consegue criar um ambiente, consegue criar o estímulo necessário para o aumento da massa muscular.

(O treinador Bruno Pieske falou um sobre treinos em outra entrevista do podcast.)

E você não se lesiona porque aquele movimento controlado, sem explosões e com a cadência e tudo… então é uma coisa muito bacana porque eu sempre treinei sozinha e nunca me machuquei treinando.

E partindo do sedentarismo total para um tipo de treino como esse, pegando pesos no meu limite, treinando musculação dessa maneira, os primeiros ganhos foram muitos.

(Para todo mundo já costumam ser importantes, porque você sai do zero e já começa a treinar, porque é um salto de intensidade muito grande.)

No meu caso então, em pouquíssimo tempo, eu já comecei a fibrar as costas, eu me desenvolvi muito rápido, principalmente os membros superiores — os ombros, os braços, as costas todas desenhadas com um desenho de músculos muito bacana mesmo — para coisas de pouquíssimos meses de treino.

E aí, quanto mais resultado a gente vai vendo, mais eu ia me dedicando àquilo, aperfeiçoando e observando também.

Era um exercício de autoconhecimento, vendo o que funcionava melhor, o que não funcionava… Aí aos poucos também eu fui aprendendo técnicas de intensidade como drop sets e repetições parciais…

E foi indo. Foi assim que eu fui me interessando.

Sempre autodidata, treinando sozinha e até hoje tem muita coisa que eu nem sei o nome do exercício.

No meu caderno, eu mantenho até hoje esse diário de treino — me acompanha antes, durante e depois do treino.

Eu chego na academia, antes eu já planejo a sequência exata do que eu vou fazer e eu vou sempre comparando o treino do dia com o respectivo treino do mesmo grupo muscular do treino anterior.

Eu sempre vejo quantas repetições eu consegui fazer em cada série até falha, vejo que é hora de aumentar carga ou a hora de mudar a sequência dos exercícios… é muito importante esse registro, principalmente para quem treina sozinho.

Guilherme: Com certeza, Claudia. Que história bacana!

Então, pelo que eu entendi, você é bastante autodidata e você que montou seu treino.

Claro, com o apoio externo — aprendeu sobre o Arthur Jones, o High Intensity Training e várias outras técnicas — mas você que montou seu treino.

Claudia Vilaça: Sim, sou eu que monto o meu treino desde o começo

. Vai, no primeiro mês da academia eu tinha aquela série de iniciantes que o professor da sala passou. Então tinha o exercício para bíceps, um para tríceps e tal…

Só que aí quando eles mudavam a série, quando me ensinavam algum exercício novo, eu não parava de fazer o anterior.

Eu ia colecionando!

Aí eu via na máquina aqueles bonequinhos, aqueles desenhinhos: “Ah, bom, isso aí é para tríceps!”. Eu ia colecionando alguns exercícios para o quadríceps, para o posterior da coxa, para as costas, tal…

E aí depois eu fui montando, fui aumentando o meu repertório de maneira que aí eu passei a treinar um grupo muscular por dia.

E os professores da sala nem perceberam! Ninguém nem se deu conta de que eu não usava mais a fichinha de treino. Eu só usava o meu caderninho, marcava tudo ali e ninguém percebeu.

Nessa época eu treinava à noite também — fim da tarde e começo da noite — e é um horário que geralmente as academias estão lotadas. Então ninguém dava muita bola para mim.

E foi legal porque eu fazia as minhas experiências…  errei bastante coisa, acertei também outras, principalmente os acertos eram visíveis.

Dava para ver o que estava funcionando ou não.

Sempre curti, sempre gostei muito daquela dor pós-treino e falar: “Oba! Então pegou!”.

Apesar de que isso não é assim tão linear, não é determinante, porém eu sempre gostei muito daquela dorzinha, daquele ardido do músculo-alvo no pós-treino.

(O treinador Felipe Piacesi falou um pouco sobre recuperação muscular após o treino no nosso podcast.)

E sempre treinando assim!

Sempre treinando até a falha.

Eu nunca me preocupei com o número de repetições, mas sim, de atingir a falha, naquela hora que você já pensou em parar faz tempo, eu estou lá…

Levanto aquele peso como se a minha vida dependesse daquilo, e não sossego até não conseguir mais levantar.

Aí descanso um pouco e retoma logo depois porque é o tempo que o músculo precisa para se recuperar momentaneamente e poder ser exercitado de novo.

Roney: Claro, claro. Perfeito, Claudia.

E acredito que assim como o seu treino evoluiu ao longo do tempo, conforme você foi aprendendo, testando e vendo o feedback, a sua dieta também deve ter mudado com o passar do tempo.

Então, nós queríamos que você falasse sobre como era a sua dieta antes dessa fase de academia e como ela está agora.

A Dieta Da Claudia

Claudia Vilaça: A minha dieta antes era um lixo.

Quando meus filhos eram crianças eu também tinha cachorros e aí eu brincava com o meu marido.

Só quem come direito em casa são os filhotes: são as crianças e os cachorros.

Isso porque a gente se alimentava muito mal — eu principalmente.

Meu marido ainda comia, sempre almoçava fora de casa e tal.

Mas eu passava o dia inteiro à base de pão e café. Eu não bebia água. Era só pão e café com adoçante.

O pão podia ter queijo, podia ter alguma coisa ou não precisava ter nada.

Se tivesse um monte de pão já estava bom.

Pão… e aí de noite era pizza, macarrão, torta… era só farinha, só glúten, só carboidrato refinado.

Eu praticamente não comia proteína, eu não gostava de refeição.

Eu gostava de pegar a minha caneca de café…  eu servia a comida das crianças e tal, mas pegava a minha caneca de café e o meu pão com queijo, pão com alguma coisa ou pão sem nada, e ia comer. Quase não fazia refeições com eles.

Quando a gente ia sair aos fins de semana ou quando a gente saía para ir em algum restaurante e tal, aquela comida não me satisfazia!

Eu ia em rodízio, comia carne e tal, mas ficava morrendo de fome.

Depois do almoço eu tinha que comer pão. Eu chegava em casa ou onde eu estivesse e ficava desesperada por pão.

[Relacionado: você também tem dificuldades em largar o pão? Esta receita de pão low-carb pode te ajudar.]

A minha dieta era assim.

Eu praticamente não comia vegetais, não comia nem fruta… era assim: pão, macarrão, pizza, café e à noitinha saía do café e passava para o vinho.

Eu bebia todo santo dia por volta de uma garrafa de vinho por dia. Sem exceção.

Então, eu brinco que a minha dieta era bíblica: era pão e vinho.

Guilherme: Muito bom! Risos!

Claudia Vilaça: Mas quando eu comecei a treinar eu mantinha essa… eu comecei a treinar bem, tal, mas a dieta continuava essa coisa. E aí começou a me dar… bom, antes eu já me sentia sempre muito cansada, muito flácida e tal.

Mas quando eu comecei a fazer a musculação, quando eu comecei a frequentar a academia, eu ia, treinava no começo da noite e tal, chegava em casa e ia direto tomar vinho e comer pão.

Aí eu comecei a sentir muita dor de cabeça.

Mas era uma dor de cabeça, assim, notável.

Eu acordava de manhã, ela estava lá; passava o dia inteiro com dor de cabeça; ia para a academia com dor de cabeça; ia deitar com dor de cabeça.

Relacionado: A Dra. Janaína Koenen falou sobre dieta cetogênica e dor de cabeça no nosso podcast.

Aí eu disse: “Não, espera aí, tem alguma coisa errada. Tem alguma coisa que não está funcionando bem”.

E aí eu comecei também, já aproveitando os meus passeios lá pelo Orkut e tal, e comecei a ler sobre nutrição, via lá o que as pessoas comiam — o pessoal tomava suplemento e tal.

Na época, no começo, eu fui em um nutricionista e ele me recomendou alguns suplementos: a albumina, whey e também tinha uma outra coisa… caseína!

Aliás, ele me passou uma dieta, esse nutricionista esportivo, que só tinha suplemento! Não tinha comida!

Era whey de manhã antes do treino, depois era caseína antes de dormir… era só shake e pão, só que o pão aí dessa vez era integral, não era pão branco.

Eu fiquei algum tempo, tomei lá alguns potes… comprava aqueles potes de whey… ah, e também me passava umas vitaminas, tipo Centrum, essas coisas assim.

E como nutricionista era uma coisa bem fraca porque na verdade não tinha comida.

A comida eram só suplementos.

E, bom, já que tinha pão, eu continuei com o pão; tomava aqueles shakes lá e seguia o barco. Mas mesmo assim não funcionou.

Aí eu comecei a sentir, teve uma época, que eu continuava com a dor de cabeça e também começou a me dar uma sensação de que parecia que eu estava gerando um monstro dentro de mim, assim…  acho que era muito glúten, muita coisa de leite, caseína, não sei.

Mais tarde eu descobri que eu tenho alguma intolerância ao leite de forma geral, à proteína também.

E aquilo me dava muitos gases, a barriga ficava super estufada. Não estava legal.

E aí, na época eu me lembro, eu fui ao médico, fiz um ultrassom e ele falou: “É, você está com problema digestivo. Você toma muito leite ou glúten? Experimenta reduzir isso”.

Nessa época foi em 2012, já tinha uns anos treinando e tudo.

Aí eu tirei. Eu cortei o pão, parei de comer pão e como carboidrato eu coloquei inhame, porque a batata doce eu não gostava porque também me sentia muito estufada também, e dava gases; comecei a comer inhame cozido invés do pão. E continuava ainda um pouco com o whey.

Nessa época eu fui viajar, passei duas semanas nos Estados Unidos, e lá não tinha como fazer…  naquela época ficava em hotel e não tinha como fazer o tal do inhame cozido e tal.

E aí meio que, sem querer, eu comecei a comer carne, frango grelhado, coisas assim, com bastante vegetais e com azeite, óleo de coco.

Sem o carboidrato, sem pão, sem a batata, sem inhame, sem nada. E surpreendentemente eu me senti muito bem!

Eu desinchei, perdi toda aquela retenção, aquele inchaço no abdômen, aquela sensação de estufamento.

E fiquei cheia de disposição, de energia! Falei: “Nossa, que coisa legal!”.

Aí comecei a me interessar e comecei a ler também e a estudar sobre a alimentação low-carb — de baixo carboidrato — e aí desse momento em diante eu nunca mais voltei para o high carb.

Desde 2012 para cá, na época nem se falava de dieta cetogênica, não se falava de low-carb…

E eu estudei, eu vi como era usado para o tratamento dos epiléticos ou de algumas doenças e fui adaptando aquilo para o meu dia-a-dia.

E depois, mais tarde, é que eu fui começar a ler sobre a alimentação low-carb relacionada com a prática de esportes.

Também li muito sobre dieta Atkins e outras dietas low-carb.

Mas no meu caso, o uso da alimentação low-carb nunca foi para emagrecer, pensando em emagrecer.

Também não foi para tratar nenhuma doença — se bem que curou todos os meus problemas, desapareceram com isso… porém, não foi uma coisa intencional.

Foi meio que por acaso.

E, diante da sensação tão boa que ocorreu quando eu comecei a me alimentar daquela maneira, eu não queria mais voltar a me sentir do jeito que eu me sentia antes.

Então, a alimentação natural… o importante para mim é que nessa minha alimentação low-carb, ela é natural, é sem alimento processado.

Eu não como carnes processadas, não como frios, embutidos, queijos, molhos — mesmo que seja zero carbo — eu não como nada disso.

É comida que se compra na feira, no supermercado, comida fresca ou congelada, resfriada; mas que depois vai para a panela, vai para o forno.

Eu não como prato pronto, congelado, que é só aquecer e tal.

Eu cozinho, eu gosto de cozinhar e eu preparo a minha comida. É uma comida super simples.

Eu gosto muito de fazer coisas no forno — as carnes eu asso, ou cozinho, mas eu prefiro assar — asso com um pouco de azeite, com temperos — uso alho, cebola, ervas.

E acompanho isso com muitos vegetais.

Eu não como frutas, porque é uma alimentação bem low-carb a minha — o carboidrato é bem baixo — mas eu como muitos vegetais e muito azeite de oliva.

É comida natural, sem ser comida processada.

Eu não uso adoçante, nada que tenha conservantes, adição de sódio, adição de coisa nenhuma. É a comida. Comida de verdade. Real food.

Vinho, Café E Cigarro — Como Largar

Guilherme: Caramba, Claudia, excelente!

E deixa eu perguntar, como foi o processo de largar o vinho, que você tomava uma garrafa por dia? Ele foi embora junto com o pão? Como foi essa decisão?

Claudia Vilaça: Olha, nós formávamos um triângulo amoroso.

Era um caso de paixão! Éramos perdidamente apaixonados: eu, o pão e o vinho. Foi difícil! Foi difícil, mas eu larguei.

O vinho foi mais difícil do que o pão, eu acho. Tudo foi bem difícil.

Mas eu fiquei esse tempo todo sem colocar uma gota de vinho na boca.

Esse ano agora, no mês de junho, dez anos depois de ter parado de beber completamente, sem nenhuma gotinha, eu tomei meio dedo de vinho do Porto, em uma degustação em Portugal.

É a segunda vez que eu vou para Portugal.

A primeira vez eu passei reto, passei batido e não toquei no vinho, mas na segunda vez eu dei um golinho no vinho do Porto lá degustação. Só. Nesse meio tempo todo.

E aí eu falei: “Nossa, éramos tão íntimos eu e o vinho!”.

Mas foi bem difícil. Mas foi uma linda paixão que foi boa enquanto durou.

Mas eu não troco a maneira como eu me sinto hoje… sabe, eu gostava muito do vinho, gostava do macarrão, daquele pão todo, mas não gostava de sentir como eu me sentia.

Eu sou radical. Então eu não consigo reduzir, moderar. É tudo ou nada, 8 ou 80.

Eu cortei de vez porque eu acho mais difícil ficar naquele negócio de pouquinho assim, daí sempre tem um dia que você bebe um pouquinho a mais porque está nervoso, ou porque está calmo, ou para comemorar… eu não sei. Então eu simplesmente cortei.

Assim foi, quando eu era mais nova, eu fumei! Muito!

Entre os 18 e os 30 e poucos anos. Fumava dois maços de cigarro por dia. Várias vezes eu já tinha tentado reduzir, já tinha tentado parar — conseguia ficar uns dois, três dias e aí depois voltava.

E aquilo vinha com uma força terrível porque parar de fumar é muito difícil.

Parar de fumar é muito difícil. Mais difícil do que parar com o vinho ou pão. Eu tive Síndrome de Abstinência, foi horrível.

Mas eu consegui! Eu cortei total e fiquei lá, tremendo, me sentindo péssima e tal, mas eu consegui passar por aquilo e nunca mais coloquei um cigarro na boca.

E eu invejava as pessoas que conseguiam fumar socialmente, de vez em quando, filavam um cigarro…

Eram pessoas que, os amigos da minha turma, que não compravam cigarro. De vez em quando elas pediam um, fumavam, pronto, acabou. Assunto encerrado.

Eu não! Eu acordava fumando… na época eu morava sozinha, ia para a faculdade de manhã, trabalhava à tarde até à noite.

Então eu não tomava café da manhã, já começava o dia fumando, engolia uma fruta ou um iogurte, alguma coisa assim; passava o dia inteiro fumando e tomando café.

Então, para parar de fumar foi bem difícil.

Mas também só funcionou quando foi assim, uma coisa séria. “Vamos parar de fumar e ponto”, aí parei. Mas foi bem difícil.

Roney: E o cafezinho, Claudia, ainda tem ou também saiu do seu dia-a-dia?

Claudia Vilaça: Não, não tem cafezinho.

Eu também optei por cortar o café porque como eu não tomo nenhum tipo de vitamina, nada, o café interfere na absorção dos nutrientes, na fixação do cálcio.

Ele tem um papel negativo, a cafeína. E também tem muito ácido oxálico, muito oxalato…

Eu tenho uma tendência a… eu evito alimentos com alto teor de oxalato porque os cristais se acumulam nas articulações e causam dor. Na articulação do quadril, principalmente.

Eu já tenho um probleminha no quadril, que é uma osteoartrose no quadril e aí eu já percebi que quando eu como alguns vegetais que são altos em oxalatos, como beterraba, espinafre…

Muitos vegetais têm alto teor de oxalato, por exemplo, amêndoas, as próprias nozes, pistache tem muito oxalato, o café, chocolate tem.

Então, esses cristais de oxalato se acumulam nas articulações e me causam dor no quadril que tem hora que eu não consigo andar. Demorou para eu descobrir isso.

Fiz ressonância, fiz um monte de coisa e tal, mas eu descobri que isso eu consigo controlar também com a dieta.

Tanto é que às vezes eu sinto uma pontadinha no quadril, sinto uma fisgada, eu já vou no meu diário para ver o que eu comi, que vegetal foi aquele, e aí eu já evito ou troco por outra coisa e tal porque isso é um problema que eu tenho, desse acúmulo desses cristais de oxalato.

Por isso também eu não tomo café. Mas eu adorava café! Mas eu não tomo mais.

Guilherme: Ah, entendi.

A gente, da nossa parte, gosta bastante de um cafezinho e sabemos que muitos leitores e ouvintes também gostam.

Mas é bem interessante ter essa perspectiva também porque foi mais um passo aí que você eliminou para fazer essa dieta cada vez mais natural, digamos assim.

Claudia Vilaça: Essa coisa do café, desculpa te interromper, é importante porque às vezes a pessoa tem artrite reumatoide ou tem outros tipos de dores nas articulações, e pensa que é um problema ortopédico ou alguma lesão, ou que tem problema no joelho e tal.

Mas quando eu converso com pessoas assim eu falo: “Você já experimentou tirar o café, usar vegetais de baixo teor de oxalato?” e aí a gente vai olhar a lista e tal, é impressionante.

Porque é um negócio tão simples, tão bobo, mas se você puder trocar uma amêndoa por, por exemplo, uma coisa que tem baixo teor de oxalato — semente de abóbora, semente de girassol, a própria Castanha-do-Pará é mais baixo do que outras nuts, do que outras dessas castanhas, nozes.

Então, se você puder trocar, fazer outras substituições assim, para pessoas que têm dor nas articulações, é uma tentativa muito legal porque a pessoa toma remédio, toma colágeno, toma condroitina para tentar driblar esse problema, de repor as cartilagens; mas essas dores não são causadas pelo desgaste da cartilagem.

São causadas, no meu caso, pelo acúmulo de ácido oxálico, cristais de oxalato nas articulações.

E dói! Dói bastante!

Dieta Low-Carb E Hipertrofia

Roney: Com certeza, eu imagino que você teve muitos bons motivos também para largar a cafeína e aí com certeza vale a pena você se sentir bem… muito mais do que tomar um cafezinho.

E agora, Claudia, nós queríamos te perguntar a respeito da sua dieta com relação à hipertrofia.

Porque muita gente está fazendo a dieta low-carb, muitas vezes já emagreceu, e agora quer começar uma fase de ganho de massa muscular.

E aí, acaba naturalmente surgindo essa dúvida, até pelo que sempre ouviu falar por aí na mídia e nas academias: é possível ganhar massa muscular em uma dieta low-carb e cetogênica?

Bom, você é a prova viva de que sim!

O que você pode falar para as pessoas que têm essa dúvida então?

Claudia Vilaça: Sim, é possível porque o ganho de massa muscular vai depender do treinamento, do estímulo.

E eu arrisco dizer que tem que ser um estímulo forte — eu gosto de treinar com baixas repetições, com cargas altas, no meu limite, e sempre até a falha.

Então, um treinamento de musculação intenso e a quantidade suficiente de proteínas e de energia.

Você precisa de energia, seja vinda do carboidrato, seja das gorduras ou seja de que via for — de alimentos energéticos — que seja um balanço calórico positivo.

Então você não pode estar em déficit.

Se você está em déficit, você pode manter a massa muscular e às vezes até ganhar um pouco, mas é mais difícil de ganhar uma quantidade significativa de massa muscular.

Mas se você tem um superávit, se você tem um pequeno excedente de calorias — não precisa ser muito, senão aí você vai ganhar gordura — ao longo do dia, uma quantidade suficiente de proteínas e treinar de verdade, fazer força de verdade; aí você vai ter ganho de massa.

Por essa razão, nos últimos anos… quando eu comecei a fazer dieta low-carb, eu comia pouca proteína.

Era uma cetogênica bem extrema mesmo.

Eu comia pouca proteína e bastante gordura.

A gordura chegava a 80% das calorias da refeição. 20% eram das proteínas e menos de 20 gramas de carboidrato por dia.

Era bem pouquinho, eram só algumas folhinhas de alface e só.

(A nutri Paty Ayres fala da diferença entre essa dieta cetogênica chamada “terapêutica” e a dieta cetogênica para emagrecer no nosso podcast.)

Agora, com o passar dos anos, eu aumentei a quantidade de proteína.

Então eu como mais proteína e diminuí um pouco a quantidade de gordura na composição das minhas refeições.

Porém, ainda é uma dieta hipercalórica, e eu faço de cinco a seis refeições por dia.

Faço essa quantidade de refeições para ter essa quantidade de calorias aí, de energia para me dar esse excedente.

Então eu fico aí por volta de 2.800 e 3.000 calorias por dia.

Agora, se eu quero emagrecer, quero dar uma secada, eu reduzo a quantidade de refeições ou mexo na composição da dieta.

Mas em fase de ganho de massa eu faço de cinco a seis refeições, com intervalos de três a seis horas cada uma.

Por exemplo, de manhã eu faço duas refeições, mas seis horas depois eu vou fazer a terceira refeição depois do treino.

Então eu fico tranquilamente mais tempo sem comer. Não me dá fome.

Mas eu me organizo para fazer essas refeições dentro da programação da minha dieta para eu ter a quantidade de energia, de proteínas e de calorias de acordo com os meus objetivos.

Agora, é importante que você tenha uma fonte de energia (seja carboidrato, seja gordura, seja uma combinação dos dois), que tenha proteína e o estímulo do treino. Aí você vai ter hipertrofia.

Tem gente que fala que só com carboidrato você tem aumento de massa porque o carboidrato com o glicogênio dá aquele efeito de músculo cheio.

Mas isso é mais um aspecto visual. A mesma hipertrofia vai acontecer for proveniente da gordura, de uma dieta low-carb.

A diferença é que na dieta low-carb não existe retenção de líquido que existe em uma dieta alta em carboidrato, que fica aquela retenção toda porque o carboidrato para ser metabolizado “chupa” a água, tem que hidratar.

Então dá aquele músculo cheio, mas também dá aquele aspecto de retenção.

O atleta na dieta low-carb, o músculo também fica cheio, mas ele fica mais “desenhado”, fica mais definido porque não tem aquela camada de retenção.

A barriga fica mais chapada, os músculos dos ombros, das costas ficam bem desenhados.

A hipertrofia acontece com: treino, proteína e energia; seja de que fonte for.

Guilherme: Ah, com certeza.

É um excelente resumo e é o que a gente acaba falando até em um artigo que nós temos no site sobre hipertrofia na dieta low-carb.

Então você avaliaria que o atleta no contexto de uma avaliação mais baixa em carboidratos tem esse aspecto visual menos retido durante a maior parte do tempo, comparando com quem tem uma dieta com muito carboidrato?

Claudia Vilaça: Sem dúvida. Sem dúvida.

Com toda a certeza o aspecto é muito mais definido.

Teve outras épocas em que eu fiz dieta com mais carboidratos e menos gorduras — a dieta tinha menos calorias — mas esse aspecto da definição, da pele colada no músculo, sabe?

Parece que não tem aquela esponjinha embaixo da pele, a pele fica fininha… isso com a dieta low-carb.

Não dá retenção! A barriga fica tanquinho mesmo, um Senhor Tanquinho!

Os músculos dos ombros ficam fibrados, sabe? E também a vascularização fica mais aparente.

Como Conciliar O Esporte Com A Vida Corrida

Guilherme: Com certeza, com certeza. Tudo isso são bons resultados que animam as pessoas no aspecto visual.

E, Claudia, você também tem uma carreira como advogada — você não é fisiculturista em tempo integral, digamos assim.

Como você concilia o esporte e essas diversas restrições (que não são bem restrições porque você já se acostumou também como estilo de vida).

Mas como você concilia o esporte e esse estilo de vida com uma vida “normal” — no sentido de não se dedica a isso 100% do tempo, não viver e passar todas as suas horas acordadas, planejando refeição, treino e por aí vai?

Claudia Vilaça: Ah, eu concilio naturalmente. Se tornou o meu estilo de vida.

O tempo que eu passo na academia é uma hora por dia, não mais do que isso.

Eu preparo a programação da dieta, é uma coisa bem importante.

As coisas ficam muito mais fáceis e não acontece assim: “Ah, o que eu vou comer agora?” e aí vai abrir a geladeira ou vai sair à procura de alguma refeição.

Eu já programo tudo, já planejo, já faço, já deixo tudo preparado.

Então é muito prático. E dentro dos meus horários… eu gosto de treinar na hora que a academia está mais vazia.

Para mim, no meu caso, é entre 12h00 e 14h00, hora do almoço. Eu gosto de treinar nesse horário.

No resto do dia eu tenho as minhas atividades normais, tenho a minha vida social, tenho a minha vida profissional…  tudo sem problemas!

É só uma questão de planejamento e de disciplina também.

Eu sempre fui muito disciplinada, porém, até antes de começar a praticar atividade física e tal, a minha disciplina eu canalizava para outros assuntos.

Não era com relação aos cuidados comigo. Eram outras coisas.

Mas exige disciplina, planejamento e… seguir. Seguir adiante, sem se preocupar.

Eu gosto de estabelecer metas, de fazer um auto desafio como foi quando eu decidi participar pela primeira vez de um campeonato de fisiculturismo.

Então foi um desafio que eu me impus e que foi muito legal. Eu gosto de fazer isso!

Mas eu também continuo nesse processo, independente de ter um evento ou de ter alguma ocasião especial, ou alguma meta. É um estilo de vida, é um caminho, é uma trajetória: um dia após o outro, um passo a frente do outro e vamos em frente!

Sem ser uma exceção ou um momento parado no tempo — como quando as pessoas fazem: “Bom, vou fazer uma dieta para perder tantos quilos”.

Aquilo é para a vida! Para a vida toda.

E eu treino como se eu fosse competir sempre, como se eu fosse subir no palco na semana seguinte.

Eu estou sempre pronta, estou sempre comprometida com essa minha atividade. É o meu esporte, é uma coisa que eu gosto de fazer e é a minha vida!

Então não é uma coisa que eu faça para agradar alguma pessoa ou para impressionar alguém, ou por dinheiro, ou… sabe? Por algum outro objetivo assim.

Não. É um estilo de vida, é a maneira como eu escolhi viver a minha vida e a maneira como eu quero ser.

Eu projeto a pessoa que eu quero ser ou como eu quero que seja a minha vida daqui a algum tempo, a alguns anos. Eu miro lá na frente e vou nessa direção.

Quais Alimentos Usar Para Basear Sua Dieta

Roney: Perfeito, Claudia!

Uma coisa que nós ficamos curiosos para saber é que você já faz uma dieta bem baixa em carboidratos — o que adiciona um certo grau de restrição de alimentos no seu dia-a-dia.

E você ainda tem outras restrições, como aqueles alimentos que te causam dores por causa do ácido oxalato.

Então em quais alimentos a sua dieta é baseada atualmente? Como você planeja o seu cardápio?

Claudia Vilaça: Olha, eu como fontes de proteína, eu como muito peixe — peixe selvagem.

Eu não uso tilápia, nem salmão de cativeiro… peixes com corante, hormônios… essas tilápias criadas em cativeiro, os peixes recebem hormônio para mudar de sexo.Para a maior parte dos peixinhos se tornarem machos — porque assim eles adquirem maior peso e dão mais lucro na comercialização.

Então é tudo hormônio que a gente está ingerindo.

O salmão de cativeiro é a mesma coisa. Também é hormônio para ficar bem vermelho, bem bonito.

Mas eu uso bastante peixe: sardinha, salmão selvagem, anchova… peixe.

Peixe pescado, sem ser peixe criado em cativeiro.

Frango, carne de vaca um pouco, mas não uso tanto.

Eu uso mais frango, peixe e ovos são as minhas fontes de proteínas.

Laticínios eu não uso nada. Não como nem queijos, nem nada de leite.

Muitos vegetais. Muitos.

Eu gosto muito de abobrinha, brócolis, repolho, folhas — todas — só observo essas que tem muito oxalato (como espinafre), aí eu evito.

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Ou às vezes eu ponho um pouquinho só para fazer um mix, mas não como em grande quantidade.

Como sementes também: semente de abóbora e de girassol.

Tem bastante magnésio, pouco oxalato, é ótimo para o intestino — que antes eu sempre sofria com intestino preso — e eu descobri que essas sementes ou alimentos que têm bastante magnésio ajudam na produção de serotonina e isso aumenta a velocidade do trânsito intestinal.

É muito legal para o intestino.

Castanha-do-Pará um pouco também, porque não se pode comer muita Castanha-do-Pará porque tem muito selênio e selênio em excesso é tóxico.

Mas eu como Castanha-do-Pará.

E muito azeite de oliva. Uso bastante.

É atualmente a minha principal fonte de gordura, além dos peixes gordos e da gema do ovo, é o azeite de oliva extra virgem.

E água!

Guilherme: Excelente! Dá para ver que é uma dieta bastante variada, você citou uma enormidade de alimentos. E para o pessoal ver que não fica limitado. Quando eles têm que fazer escolhas saudáveis e retirar alguns alimentos.

Quer dizer, se você só está, às vezes, retirando os carboidratos refinados, tem mais opções ainda do que isso. É muita, muita coisa. É bacana pensar isso.

Claudia Vilaça: Pois é! E quem não tem esse problema aí do oxalato, pode se deliciar com todo o universo colorido e saboroso de vegetais nas suas mais… pimentão, berinjela, cebola, alho… tudo isso! É uma delícia!

Você faz uma combinação daquilo com as carnes grelhadas, bastante azeite… fica uma coisa bem mediterrânea, assim. Muito bom!

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Como A Claudia Começou A Competir No Fisiculturismo

Guilherme: Show demais, Claudia!

E deixa eu perguntar, que a gente ficou curioso aqui, escutando a sua história, como foi o pulo de você gostar de treinar, gostar de se interessa por isso, para: “Vou competir no fisiculturismo”? Como foi essa transição?

Claudia Vilaça: Olha, deixe-me ver quando foi isso… todo dia eu ia para a academia, eu comecei em 2009.

Aí até 2011, mais ou menos, eu ia, fazia o meu treino, todos os dias, fazia a minha dietinha, foi indo…

Aí acho que foi em 2012… eu tenho dois filhos, , e a minha filha foi em 2011… enfim, os dois foram estudar fora.

A menina foi para a Nova Zelândia fazer intercâmbio, foi fazer o colegial, o high school; e o menino foi para os Estados Unidos, foi fazer faculdade.

E eu continuei com a minha vidinha e tal, mas com as duas crianças fora também me sobrou algum tempo que antes era dedicado a eles.

E aí teve um belo dia e eu: “Ah, sei lá, preciso de um projeto novo”. E aí eu pensei: “Vou me preparar para uma competição de fisiculturismo!” e assim foi.

Aí eu participei de uma, aqui no Brasil ainda, no final de 2012 e outras quatro ou cinco no primeiro semestre de 2013.

E aconteceu uma coisa muito engraçada porque a primeira competição era uma categoria única.

Eu competi com as meninas e tudo, com meninas que tinham idade para serem minhas filhas.

Mas nas outras competições eu competi na categoria master.

Eu tinha cinquenta e tantos e a categoria master era para atletas acima de 35. Tem uma boa diferença entre cinquenta e tantos e 35, mas tudo bem, já era dentro da minha categoria.

E em todas essas competições eu obtive, todas as vezes, 100% das vezes, gloriosos últimos lugares.

Até que eu me dei conta de que o meu físico, natural, não era o que os jurados e o que o público lá — os árbitros — esperam.

Porque o padrão, digamos assim, das competições de fisiculturismo no Brasil, que a maior parte delas é pela IFBB, é um físico — vou pedir perdão pela expressão — “bombado”.

É o tipo de musculatura, o tipo de desenho, o tipo de corpo que não se adquire naturalmente.

Só se chega naquele físico com o uso de anabolizantes, com o uso de termogênicos, de diuréticos antes da competição e toda aquela preparação, aquele ciclo de drogas e tudo; que fazem o atleta chegar naquele ponto. E o atleta natural nunca fica daquele jeito!

E eu fui colecionando, alegremente, os meus últimos lugares.

Até que o último campeonato que foi em julho de 2013, foi um campeonato brasileiro, eu fiquei em último lugar, como sempre, e eu estava muito bem, estava linda e tal — estava bem, o corpo estava bonito, o rosto bonito — estava tudo legal.

E eu posso dizer sem falsa modéstia, olhando friamente, que eu estava muito melhor… talvez não fosse pegar primeiro, nem segundo, mas não merecia o último lugar.

Depois dessa última competição, que foi em julho de 2013, vieram me perguntar se eu ia continuar competindo.

E se eu ia querer perder sempre ou se eu ia competir para ganhar — se eu queria competir em igualdade de condições — e que para isso eu teria que me enquadrar e fazer como todo mundo faz — porque senão era sabido que não ia dar certo.

Aí eu falei: “Não, bom, eu vou mudar sim; mas eu vou mudar de praia”.

Fui procurar a minha turma, aí eu desisti de continuar competindo no Brasil pela IFBB e me associei à Federação de Fisiculturismo Natural nos Estados Unidos, que hoje tem mais de 30 anos de atividade, a INBA. Eles têm sede na Califórnia.

E em julho, aqui, eu fiquei em último; daí em setembro eu fui para os Estados Unidos e aí eu comecei a colecionar primeiros lugares.

Foi uma coisa muito curiosa. Meses depois, com o mesmo físico e tudo, fui para os Estados Unidos, peguei o primeiro lugar em campeonatos em Hollywood, campeonatos em Las Vegas, Natural Olympia Forever Natural… depois também, no ano seguinte, voltei para Las Vegas e foi aí, sempre pódio — segundo lugar, terceiro lugar, muitos primeiros, muitas vitórias.

Fui competir em Dubai, no Mundial de Fisiculturismo Natural, tive oportunidade de viajar bastante, de conhecer outras pessoas. Dubai é um lugar incrível!

E a maioria desses campeonatos que eu participei foi nos Estados Unidos e essa federação tem campeonatos realizados em muitos países no mundo.

Na Austrália, muitos países na Europa, no Canadá. Mas aqui no Brasil ainda não… eu sou a representante da INBA no Brasil, mas ainda não conseguimos realizar nenhum campeonato aqui, um campeonato nas normas do fisiculturismo natural, com exame antidoping.

Não sei também se aqui… aqui tem muita gente que toma anabolizante por anos e aí depois para de tomar e fala: “Ah, agora eu sou 100% natural”.

Mas já tomou, já tem uma musculatura, tem um tipo de ganho… está certo que pode ser que perca alguma coisa, mas é diferente o corpo de um atleta natural, que nunca tomou nada, natural pela vida toda; de um outro que tomou e parou há bastante tempo; e daquele que usa esses recursos todos. É muito diferente.

Então a gente ainda não conseguiu realizar um campeonato desses no Brasil, mas eu espero que exista quórum, que exista um número de interessados… meio difícil porque aqui no Brasil a gente consome muita droga, muito anabolizante e muito hormônio.

É uma coisa assustadora. Assustadora. Não sei nem se haveria público, quantidade suficiente de atletas, para a realização de um campeonato em todas as categorias.

Mas foi assim a minha passagem, a minha experiência nos campeonatos aqui no Brasil e depois como foi que eu decidi ir competir fora.

Hábitos Saudáveis

Roney: Caramba, Claudia, muito legal mesmo como você começou no fisiculturismo.

Infelizmente nós já estamos chegando na parte final do podcast, mas nós temos uma pergunta que nós sempre gostamos de fazer para todos os convidados.

Nós já percebemos que você tem vários hábitos saudáveis, como uma alimentação bem saudável, treinar, não tomar álcool…  e a gente queria saber se você tem outros hábitos saudáveis além desses.

Claudia Vilaça: Outros hábitos saudáveis… bom, eu não tomo nenhum tipo de remédio, não tomo nenhuma vitamina, não tomo nada disso.

Eu não costumo fazer treino aeróbico, na esteira, bicicleta, e tal.

Mas eu sou uma pessoa super ativa, eu não tenho carro, eu não dirijo, eu faço tudo a pé, subo escada, faço muitas tarefas domésticas, compras e tudo mais, tudo a pé.

E ando, no mínimo aí, dez quilômetros por dia, sempre em ritmo acelerado.

Então eu não tenho tempo, eu não gosto também de ir na academia, ir lá fazer treino aeróbico. Eu faço no dia-a-dia, eu encaixo isso na minha rotina.

Então, quem tem cachorro, saia com o cachorro para passear; que ande de bicicleta no parque; subir escada de dois em dois, três em três degraus e assim vai.

Outros hábitos saudáveis… eu não faço nenhum tratamento estético de pele… essas coisas de clínicas de estética, sabe? Massagem, laser, essas coisas todas.

Então eu não faço nada disso. Também não uso botox, nunca fiz lipo, não faço nenhum tipo de injeção de preenchimento, nada disso.

É isso. Eu acredito no poder da alimentação sem alimentos processados, alimentação mais natural possível, com muitos vegetais, com bastante proteína…

A minha pele é muito boa, não tenho problema de pele seca, de unha fraca, de cabelo caindo, não tenho celulite, não tenho estria…

Faço meu check-up anual e meus exames são maravilhosos.

Eu tenho níveis altíssimos, inacreditáveis de vitamina B, sem tomar nenhum tipo de suplemento. Todas as outras: cálcio, perfil lipídico, colesterol… tudo bonitinho.

Eu fui fazer eletrocardiograma e tal e o médico falou que é um coração de criança.

Então eu tenho uma saúde perfeita.

A única coisa que me incomodava até uns tempos atrás era o intestino preso, que eu já, com a alimentação, resolvi esse problema.

E são esses. Os meus hábitos são basicamente focados na alimentação. É tudo resultante da alimentação e do treino intenso.

Como Solucionar O Intestino Preso

Guilherme: Poxa, que show, Claudia.

E como você resolveu o intestino preso?

Eu sei que essa é uma questão que atormenta alguns leitores, especialmente no comecinho de uma dieta low-carb.

Claudia Vilaça: Desde criança eu tinha problema de intestino preso.

Aí sempre também, desde criancinha, eu já usei todos os tipos de laxantes possíveis e imagináveis. Minha mãe me dava laxante.

Aí foi indo que eu até um ano atrás, sempre dependente de laxante, fui aumentando a dose de laxante.

Aí teve um dia, mais ou menos a um ano e pouco atrás que eu falei: “Sabe o quê? Eu não vou mais tomar laxante! Vou parar com isso e vamos ver o que acontece”.

E eu comia muita fibra, comia muitos vegetais, comia o azeite, muita água, e andava, e faz exercício… e não adiantava nada, quer dizer, não resolvia o problema do intestino.

Fui ao médico, aí me manda suplemento de fibra, aí aquele negócio só me estufava, me dava mais gases e não resolveu nada, aí eu falei: “Não, fibra por fibra eu como a fibra na minha dieta”. E foi indo.

Até que eu consegui com a composição das minhas refeições e acho que, principalmente, adotando essas sementes: semente de girassol, semente de abóbora cruas. Eu como a semente de girassol crua, significa intestino funcionando, para mim, pelo menos. Não sei se outras pessoas já tiveram essa experiência.

Mas por causa do magnésio, porque o magnésio tem uma ação na produção de serotonina.

E essa serotonina também participa de um mecanismo do funcionamento do intestino, da velocidade do trânsito intestinal, que no meu caso é lento. Eu tenho um trânsito crônico lento.

E com essa adição de magnésio e também de fibras solúveis… no começo, quando eu comecei a tentar essas sementes, tudo, usava muita abobrinha, mas eu tirei as fibras… eu fiz uma experiência assim: baixando um pouco a quantidade de fibra.

Então usando muita abobrinha cozida, levemente cozida, com essas sementes, junto com as proteínas, com o azeite.

E isso já são cerca de seis meses que eu consegui resolver esse problema de uma maneira muito eficiente.

Sem tomar remédio, sem tomar laxantes, sem fazer absolutamente nada. Só com as sementes, com os vegetais. E, repito, a semente de girassol e de abóboras cruas.

Prepara o seu prato e salpica… eu ponho dez gramas de um mix de sementes cruas em cima de cada refeição. Isso significa intestino funcionando para mim. Resolveu o problema da minha vida inteira, que eu tinha problema de intestino preso.

Roney: Perfeito, Claudia.

Acho que essa é uma dica bacana porque nós mesmos falamos muito às vezes de adicionar mais fibras ou mesmo um pouco mais de gorduras, mais água; e essa das sementes é muito boa.

Claudia Vilaça: Não adiantou nada para mim mais fibras, porque na dieta low-carb, principalmente quem faz low-carb com poucos vegetais, o intestino prende que é uma coisa.

Mas não é problema de fibras, probióticos, pré-bióticos… tudo isso eu cheguei a fazer, eu fazia, como se chama?

Kefir em casa. Usava muita cebola, muito alho, alimentos pré-bioticos, biomassa de banana verde (fonte de amido resistente).

Nada disso funcionou. Nada. Absolutamente nada.

Então, no meu caso pelo menos, essa coisa do trânsito lento do intestino e que acabava causando o intestino preso e a prisão de ventre não era um problema de ingestão de fibras, não era problema de água, não era problema de exercícios físicos e não era problema de falta de gordura na dieta.

Eu resolvi isso com o magnésio e com proteína também.

Precisa da proteína porque tem bastante proteína que ajudam, como carnes de peru, de frango também, de peixe também. Esses são alimentos e combinações que aumentam a produção de serotonina.

Isso foi de onde eu acabei descobrindo e fazendo experiências através de leituras sobre o funcionamento do intestino e depois conversando com o médico a respeito.

Aí ele falou que tem muita gente que usa um pouco de chocolate, que tem bastante magnésio e outras coisas, mas o chocolate, assim como o café, eu não posso por causa do tal do oxalato.

Então eu procuro alimentos que tenham bastante magnésio e que, por outro lado, tenham baixo teor de oxalato.

Mas quem não tiver problema com oxalato pode se jogar aí, comer seu chocolatinho e vai ser legal.

Ou outras nozes que tenham mais magnésio do que a Castanha-do-Pará e essas sementinhas de girassol e de abóbora.

Roney: Perfeito, Claudia.

Contatos Da Claudia Vilaça

Agora a gente está chegando na parte final do nosso podcast e a gente queria que você deixasse para os nossos leitores e ouvintes as suas mídias sociais, o seu site, ou seja, os canais por onde eles podem acompanhar mais de você.

Claudia Vilaça: O meu Instagram é o @claudianatural; o meu Facebook Claudia Vilaça Setton; o meu blog é claudiafitblog.blogspot.com.

Tem meu e-mail, tem meu canal no YouTube, pouca coisa, mas todos esses links e endereços têm no meu Instagram @claudianatural.

Então, a partir de lá é fácil me achar. Meu e-mail também é claudiavilaca2@gmail.com.

Adoro conversar, adoro receber correspondência!

Guilherme: Ah, que legal, Claudia!

Eu tenho certeza de que quem se interessou pela sua história, quem quer saber mais vai seguir o seu Instagram @claudianatural e também vai, de lá, encontrar as outras mídias para consumirem o conteúdo do jeito que eles preferirem, seja em texto, vídeo e por aí vai.

Claudia, muito obrigado por ter participado do nosso podcast hoje.

Nós ficamos bem felizes de poder contar com a experiência de alguém que está nas trincheiras, vivendo na prática a hipertrofia, a dieta low-carb, e mostrando esse verdadeiro estilo de vida.

Então muito obrigado pela participação novamente.

Claudia Vilaça: Eu que agradeço. Foi um prazer.

Roney: Nós também queríamos agradecer a quem ouviu até aqui o podcast.

Muito obrigado pela sua audiência, esperamos que vocês tenham gostado tanto quanto a gente gostou aqui da conversa com a Claudia.

E se você gostou, deixe a sua avaliação cinco estrelas lá no iTunes e também seu comentário. Tudo isso é muito importante para nós.

Guilherme: Novamente, muito obrigado a Claudia, e a quem nos escutou até aqui — e segunda que vem tem mais episódio.

Um forte abraço,
Guilherme e Roney, do Senhor Tanquinho.

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