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Diprospan Engorda? Para Que Serve, Posologia, Indicação e Efeitos Colaterais

Diprospan

Diprospan é um medicamento na forma de solução injetável, cuja indicação é auxiliar no tratamento de doenças agudas e crônicas que respondem aos corticoides. A lista de condições para as quais o remédio pode ser prescrito pelo médico inclui:

  • Alterações osteomusculares e de tecidos moles: artrite reumatoide, doenças das articulações como: osteoartrite, bursite, espondilite anquilosante, espondilite radiculite, dor no cóccix, ciática, dor nas costas, torcicolo, exostose, inflamação na planta dos pés (fascite);
  • Condições alérgicas: asma, rinite alérgica devida a pólen, edema angioneurótico (inchaço que pode afetar várias partes do organismo), bronquite alérgica, rinite alérgica persistente, hipersensibilidade (alergia) a drogas, doença do soro, picadas de insetos;
  • Condições dermatológicas: dermatite atópica (doença alérgica da pele), líquen simples crônico, dermatite de contato, dermatite solar grave, urticária, líquen plano hipertrófico, necrobiose lipoídica associada com diabetes mellitus (espécie de úlcera que afeta diabéticos), alopecia areata (queda de cabelo), lúpus eritematoso discoide, psoríase, queloides, pênfigo, dermatite herpetiforme;
  • Doenças do colágeno: lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, dermatomiosite, poliarterite nodosa (tipos de doenças auto-imunes). Tumores Malignos – Para o tratamento paliativo de leucemias e linfomas em adultos, leucemia aguda da infância.
  • Outras condições: síndrome adrenogenital (alteração hormonal que pode masculinizar as mulheres), doenças gastrintestinais como: colite ulcerativa, ileíte regional, doença celíaca; afecções dos pés (bursite, hallux rigidus, quinto dedo varo), afecções necessitando de injeções subconjuntivais, transtornos hematológicos que respondem aos corticosteroides, alterações dos rins como: síndrome nefrítica e síndrome nefrótica, insuficiência adrenocortical primária ou secundária (neste caso deverá haver suplementação com mineralocorticoides).

O uso de Diprospan é adulto e pediátrico acima dos 15 anos de idade e a sua comercialização exige a apresentação da receita médica. As informações são da bula do remédio, disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Será que Diprospan engorda?

Agora que já vimos para que serve o medicamento, podemos analisar se Diprospan engorda ou não.

Para descobrir isso, o que fizermos foi checar a bula do medicamento. E o que o documento nos conta é que é possível sim afirmar que, pelo menos para uma parcela dos usuários do remédio, Diprospan engorda.

Isso porque a bula lista o aumento do apetite, que pode gerar um consumo maior de calorias e, consequentemente, o ganho de peso, como um dos possíveis efeitos colaterais do remédio. A reação aparece classificada no grupo dos efeitos comuns, ou seja, que atingem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam Diprospan.

Além disso, o próprio ganho de peso é listado pelo documento como uma possível reação adversa do remédio, porém ele é categorizado no grupo das reações raras, ou seja, que ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos usuários do medicamento.

Em outras palavras, é possível ver que quem segue um tratamento com o Diprospan engorda, entretanto, isso não é uma regra para todos os pacientes.

Portanto, caso você perceba que seu peso aumentou enquanto é tratado com Diprospan, informe ao médico e peça a ajuda do profissional para confirmar o que pode ter originado o aumento de peso e saber como proceder de maneira segura para reverter o problema.

Não interrompa o seu tratamento com o remédio porque engordou sem antes conversar com o médico porque isso pode ser perigoso para a sua saúde.

Efeitos colaterais de Diprospan

De acordo com informações da bula disponibilizada pela Anvisa, o remédio pode provocar os seguintes efeitos colaterais:

  • Mascarar sinais de infecções;
  • Surgimento de novas infecções;
  • Aumento da incidência de infecções;
  • Dificultar a localização de uma nova infecção;
  • Infecção por fungos;
  • Diminuição da resistência;
  • Catarata – como a catarata subcapsular posterior, especialmente em crianças, mediante o uso prolongado;
  • Glaucoma com possível dano ao nervo óptico, podendo ocorrer aumento da incidência de infecções oculares secundárias devidas à fungos ou vírus, pelo uso prolongado do remédio;
  • Elevação da pressão arterial, retenção hidrossalina e aumento da excreção de potássio, com o uso de doses elevadas;
  • Aumento da excreção de cálcio;
  • Transtornos psíquicos;
  • Agravamento da instabilidade emocional ou tendências psicóticas preexistentes;
  • Manifestações psicóticas;
  • Alteração da quantidade e da mobilidade dos espermatozoides;
  • Aumento da ocorrência ou da gravidade de ulcerações gastrintestinais, em combinação com o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Insônia;
  • Dispepsia (indigestão);
  • Dificuldade de cicatrização;
  • Visibilidade de pequenos vasos superficiais;
  • Infecções subcutâneas;
  • Afinamento e fragilidade da pele;
  • Inflamação do folículo piloso;
  • Coceira;
  • Diabetes mellitus;
  • Síndrome de cushing – condição decorrente do uso excessivo de corticoide;
  • Osteoporose;
  • Sangramento digestivo;
  • Diminuição de potássio no sangue;
  • Retenção de sódio e água;
  • Irregularidade menstrual;
  • Estrias;
  • Hematomas;
  • Reações de hipersensibilidade;
  • Espinhas;
  • Urticária;
  • Sudorese excessiva;
  • Rash (erupção cutânea);
  • Vermelhidão na face e no pescoço depois da aplicação do remédio;
  • Sintomas e sinais na região que recebeu a aplicação;
  • Aumento dos pelos;
  • Diminuição da pigmentação cutânea;
  • Depressão;
  • Convulsões;
  • Tontura;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Confusão mental;
  • Euforia;
  • Distúrbio de personalidade;
  • Alteração de humor;
  • Úlcera péptica, possivelmente com hemorragia e perfuração;
  • Aumento do tamanha do estômago;
  • Distensão abdominal;
  • Alteração em exames do fígado;
  • Diminuição da contagem de espermatozoides;
  • Lesão muscular induzida por corticoide;
  • Fraqueza muscular;
  • Dor muscular;
  • Aumento da pressão intraocular;
  • Pressão alta;
  • Arritmia cardíaca;
  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Edema (inchaço) agudo do pulmão;
  • Trombose venosa profunda;
  • Vasculite;
  • Soluços;
  • Alcalose hipocalêmica (aumento do pH do sangue em decorrência da falta de potássio);
  • Perda de massa muscular;
  • Fraturas;
  • Necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero (morte de tecido ósseo);
  • Fratura patológica dos ossos longos;
  • Ruptura de tendão;
  • Instabilidade articular decorrente de repetidas injeções intra-articulares (dentro da articulação);
  • Pancreatite;
  • Esofagite ulcerativa;
  • Adelgaçamento (afinamento) cutâneo;
  • Petéquias (manchas de hemorragia) e equimose (formação de manchas pela extravasão de sangue);
  • Edema angioneurótico;
  • Aumento da pressão intracraniana com edema de papila;
  • Diminuição do crescimento na infância e no período intrauterino;
  • Falta de resposta adrenocortical e pituitária;
  • Diminuição da tolerância aos carboidratos;
  • Manifestações clínicas de diabetes mellitus latente;
  • Aumento das necessidades diárias de insulina ou agentes hipoglicemiantes orais em diabéticos;
  • Balanço nitrogenado negativo devido ao catabolismo proteico;
  • Reações anafiláticas;
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Choque;
  • Dermatite alérgica;
  • Exoftalmia (saliência exagerada do globo ocular);
  • Agravamento dos sintomas da miastenia gravis;
  • Casos raros de cegueira associados ao tratamento intralesional (dentro da lesão) da face e da cabeça;
  • Hiper ou hipopigmentação;
  • Atrofia cutânea e subcutânea;
  • Abscessos estéreis;
  • Área de rubor pós-injeção, em seguida ao uso intra-articular (dentro da articulação);
  • Artropatia (doença de uma articilação) do tipo Charcot.

A bula de Diprospan explica que “reações adversas a Diprospan, como aos demais corticosteroides, estão relacionadas com a posologia e a duração do tratamento”.

Ao sofrer com qualquer tipo de efeito colateral por conta do uso do remédio, procure rapidamente a ajuda do médico, mesmo que a reação não aparente ser grave. Isso é necessário para checar a seriedade do problema e receber o tratamento adequado, caso seja necessário, além de saber como deve proceder em relação ao uso do remédio a partir de então.

Contraindicações e cuidados com Diprospan

Algumas pessoas não podem utilizar o medicamento. São elas:

  • Pacientes que já tiveram alergia, hipersensibilidade ou reação incomum ao dipropionato de betametasona, ao fosfato dissódico de betametasona, a outros corticoides ou a qualquer um dos componentes da fórmula do medicamento;
  • Pessoas que têm infecções sistêmicas por fungos;
  • Menores de 15 anos de idade;
  • Mulheres que estejam amamentando – é preciso escolher entre a amamentação ou o tratamento com Diprospan.

Já as mulheres que estejam grávidas ou encontrem-se em idade fértil só devem usar o remédio quando o médico autorizar, depois do profissional avaliar os benefícios e risco que o tratamento pode trazer.

A paciente deve informar ao médico caso ocorra a gestação durante o tratamento ou depois que ele tiver encerrado.

O uso do remédio exige cautela quando o paciente sofrer com as seguintes condições:

  • Herpes simples ocular – existe o risco de perfuração da córnea;
  • Colite ulcerativa não especificada, quando houver probabilidade de perfuração iminente;
  • Abscesso ou outra infecção piogênica (que causa pus);
  • Diverticulite;
  • Anastomose intestinal recente;
  • Úlcera péptica ativa ou latente;
  • Insuficiência renal;
  • Hipertensão arterial;
  • Osteoporose;
  • Miastenia gravis (fraqueza/fadiga muscular).

O uso prolongado de corticosteroides como Diprospan exige o acompanhamento cuidadoso em bebês que estejam amamentando e crianças porque eles podem provocar distúrbio do crescimento.

Vale a pena ainda saber que os efeitos do medicamento são aumentados em pacientes que sofrem com hipotireoidismo e cirrose hepática.

Por ser uma solução injetável, Diprospan deve ser aplicado por um profissional de saúde. O remédio não pode ser injetado por via intravenosa (interior da veia) ou subcutânea (por baixo da pele) e não deve ser administrado por via intramuscular (interior do músculo) em pessoas que sofrem com a púrpura trombocitopênica idiopática.

Recomenda-se ainda evitar a injeção local em uma articulação previamente infectada ou diretamente em um tendão. Articulações não estáveis ou espaços intervertebrais também não devem receber a aplicação do remédio. A repetição de injeções em articulações com osteoartrite pode aumentar a destruição articular.

Após a administração intra-articular (dentro da articulação) do medicamento, deverão ser tomadas precauções pelo paciente para evitar o uso excessivo da articulação na qual foi obtido benefício sintomático.

A administração intramuscular (no interior do músculo) do remédio deverá ser feita profundamente em grandes massas musculares para evitar a atrofia tissular (do tecido) local.

O tratamento com o remédio também exige o exame do líquido sinovial para excluir um processo infeccioso.

Ainda que sejam raros, existem casos de reações anafiláticas com o medicamento, portanto, outra orientação é que o médico tome medidas de precaução antes de começar o uso de Diprospan, principalmente quando o paciente tiver histórico de alergia por medicamentos.

Enquanto estiver usando o remédio, o paciente não poderá ser vacinado contra a varíola. Ele também deverá checar com o médico antes de se submeter a um procedimento de imunização, além de perguntar ao doutor se o seu tratamento exige que ele evite exposição a pessoas portadoras de varicela ou sarampo.

O uso de remédio em pacientes com tuberculose deve ocorrer somente quando tratar-se de tuberculose fulminante ou disseminada, em que o medicamento é usado em associação a um esquema antituberculoso apropriado.

Para as pessoas com tuberculose latente ou com reatividade tuberculina, o tratamento com Diprospan exige uma observação cuidadosa. No caso de um tratamento prolongado, esses pacientes deverão receber quimioprofilaxia (meio de evitar doenças ou a sua propagação).

O médico deverá considerar que durante o tratamento, o seu paciente siga uma dieta com restrição de sal e suplementação de potássio. Após o término de um tratamento prolongado de altas doses com o remédio, poderá ser necessário o monitoramento do paciente durante até um ano.

Quem usa qualquer remédio, suplemento ou planta medicinal, precisa informar ao médico para que o profissional cheque se não faz mal usar Diprospan e a substância em questão ao mesmo tempo.

Ao receber a solicitação do médico para realizar um exame, também é necessário informar a ele que faz uso do medicamento. As informações são da bula de Diprospan, disponibilizada pela Anvisa.

Posologia de Diprospan

A bula do medicamento deixa claro que “as necessidades posológicas são variáveis e deverão ser individualizadas com base na doença específica, na gravidade do quadro e na resposta do paciente ao tratamento”.

Ou seja, somente o médico pode determinar a dosagem diária do medicamento para cada paciente, o que varia de acordo com a necessidade da pessoa. A duração do tratamento também deve ser indicada apenas pelo médico, assim como qualquer ajuste de dose deve ser determinado somente pelo profissional.

Lembramos ainda outro alerta importante da bula – Diprospan deve ser aplicado por um profissional de saúde.

Como você deve ter notado pelas informações passadas, o uso remédio exige uma série de cuidados. Então, nada de se automedicar com ele ou usá-lo de qualquer jeito: siga todas as recomendações do médico e jamais faça a aplicação por conta própria.

Atenção

Este artigo serve somente para informar; não pode substituir a prescrição e as orientações de um médico, assim como a leitura completa da bula. Portanto, sempre converse com o médico e leia a bula na íntegra antes de começar a usar um medicamento. A bula completa de Diprospan, você encontra aqui.

Referências Adicionais:

Você conhece alguém que tenha tomado e afirme que o uso de Diprospan engorda? Teve esse medicamento receitado pelo médico? Comente abaixo!

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