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Fígado Inchado – Sintomas, O Que Pode Ser e Como Tratar

Fígado inchado

O fígado inchado é um sinal de que algo não está funcionando da maneira correta, podendo ser um sinal de condições de saúde como doença hepática, insuficiência cardíaca e até câncer.

Perceber que o fígado está maior do que o normal, no entanto, não é fácil, pois nem sempre o problema causa sintomas. Além de mostrar com mais detalhes o que pode ser o fígado inchado, vamos indicar o que pode ser feito para tratar a condição.

Fígado inchado

Hepatomegalia é o nome que se dá ao fígado inchado. O fígado inchado não é um problema de saúde em si, mas sim um sintoma de que algo está errado.

Ter um fígado em bom estado é importantíssimo para nossa saúde, já que o órgão é responsável por muitas funções metabólicas essenciais, como:

  • a produção da bile, que ajuda a quebrar os alimentos ingeridos através da dieta;
  • a remoção de substâncias consideradas tóxicas e nocivas à saúde;
  • a conversão dos carboidratos em glicose para criar um estoque de energia de fácil acesso para o corpo;
  • a estocagem de vitaminas e minerais como o ferro, o ácido fólico, a vitamina B12, a vitamina A, a vitamina D e a vitamina K.

Se o fígado inchado não for tratado, o órgão pode acabar sofrendo outros danos a longo prazo, prejudicando as funções mencionadas acima e várias outras. Por isso, é importante realizar um bom diagnóstico para descobrir a causa do problema e tratá-la da forma adequada.

O que pode ser

O fígado é um órgão grande e um dos mais complexos do nosso organismo. Ele é encontrado na parte superior direita do abdômen e seu tamanho pode sofrer variações de acordo com a idade, o tamanho do corpo e o sexo da pessoa. Porém, um inchaço anormal nesse órgão pode ser um indício de várias condições de saúde.

As principais causas de fígado inchado são:

– Doenças hepáticas

Danos no fígado podem causar diversos problemas no funcionamento do órgão e levar ao desenvolvimento de doenças. Algumas delas têm origem genética, enquanto outras podem ser adquiridas devido a maus hábitos diários como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, por exemplo.

Doenças no fígado que podem resultar em inchaço no órgão incluem:

  • Cirrose hepática;
  • Hepatite causada por vírus ou por mononucleose infecciosa;
  • Doença hepática gordurosa ou esteatose hepática alcoólica;
  • Doença hepática gordurosa ou esteatose hepática não alcoólica;
  • Hepatite tóxica;
  • Amiloidose, doença que causa o acúmulo anormal de proteínas no fígado;
  • Doença de Wilson, distúrbio genético que faz com que o mineral cobre se acumule no fígado;
  • Obstrução da vesícula biliar ou dos ductos biliares;
  • Tumores hepáticos não cancerosos como o adenoma ou o hemangioma;
  • Doença de Gaucher, condição que faz com que substâncias gordurosas se acumulem no órgão;
  • Cistos ou tumores hepáticos;
  • Hemacromatose, distúrbio que leva ao acúmulo de ferro no fígado.

– Problemas no coração

Doenças cardíacas e outros problemas que afetam o funcionamento normal dos vasos sanguíneos também podem interferir no tamanho do fígado. Alguns desses problemas são:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Trombose da veia hepática;
  • Pericardite, uma inflamação do tecido que envolve o coração;
  • Doença veno-oclusiva;
  • Síndrome de Budd-Chiari, um bloqueio das veias que drenam o fígado.

– Outras possíveis causas

Doenças autoimunes, obesidade, cálculos biliares, tumores hepáticos benignos, câncer de fígado, síndrome metabólica e distúrbios genéticos podem ser a causa do acúmulo de gordura no fígado, resultando também em inchaço.

Fatores de risco

Alguns fatores que podem aumentar o risco de um indivíduo apresentar inchaço no fígado são fatores que na verdade podem causar danos no órgão, tais como:

1. Infecções

Pessoas que sofrem de alguma doença infecciosa causada por parasitas, vírus ou bactérias podem ter um risco maior de sofrer danos no fígado.

2. Abuso de álcool

Aqueles que ingerem bebidas alcoólicas em excesso podem prejudicar o fígado e desenvolver doenças como a cirrose.

3. Uso de medicamentos, suplementos ou vitaminas

O uso de remédios por uso prolongado ou o consumo de altas doses de suplementos e vitaminas podem aumentar o risco de danos ao fígado. Isso porque o órgão fica sobrecarregado e deixa de processar esses produtos da forma como deveria. A ingestão em excesso de comprimidos de acetaminofeno, por exemplo, é uma das principais causas de insuficiência hepática aguda. O consumo de suplementos de ervas também pode fazer mal para o órgão.

4. Vírus da hepatite

O vírus de qualquer tipo de hepatite (A, B ou C) pode resultar em danos no fígado e causar a hepatite.

5. Insuficiência cardíaca

Nesse caso, a insuficiência cardíaca pode causar um aumento no fígado porque o sangue que o coração não consegue bombear acaba voltando para o órgão, interferindo no seu funcionamento normal.

6. Doenças metabólicas ou genéticas

Pessoas diagnosticadas com doenças metabólicas ou genéticas como a doença de Wilson ou a doença de Gaucher podem ter um risco maior de desenvolver aumentos no fígado.

7. Maus hábitos de dieta

Alimentar-se mal e estar acima do peso pode aumentar o risco de problema no fígado, já que quem se alimenta mal tem um maior risco de acumular açúcar e gordura no organismo, podendo causar a esteatose hepática gordurosa, por exemplo.

Sintomas de fígado inchado

Não são em todos os casos que um fígado inchado causa sintomas perceptíveis, mas quando o fígado aumenta de tamanho por causa de uma doença no próprio fígado, os sintomas abaixo podem ser observados:

  • Fadiga;
  • Desconforto na barriga ou no abdômen;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Dor abdominal;
  • Redução do apetite;
  • Perda de peso;
  • Angiomas na pele;
  • Coceira;
  • Inchaço no abdômen ou ascite;
  • Inchaço nas pernas;
  • Febre, principalmente em casos de hepatite;
  • Icterícia, condição que resulta em amarelecimento da pele e da parte branca dos olhos;
  • Sensação de plenitude ou saciedade logo depois de começar a comer.

Diagnóstico

Para diagnosticar o fígado inchado, é necessário que o paciente descreva algum sintoma ou faça exames de sangue completos de rotina que incluam a análise de algumas enzimas hepáticas. Do contrário, a condição nem será notada.

Um exame físico feito por um médico pode fazer com que ele perceba alterações no formato do órgão, mas outros exames complementares devem ser solicitados para confirmar a hipótese de fígado inchado.

  • Exames de sangue: amostras de sangue podem identificar os níveis de enzimas hepáticas e verificar a presença de vírus que podem causar doenças no fígado.
  • Exames de imagem: exames como o ultrassom abdominal, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem ajudar a verificar o estado do fígado por meio de imagens.
  • Elastografia por ressonância magnética: trata-se do uso de ondas sonoras e eletromagnéticas para obtenção de um elastograma, uma espécie de mapa visual da rigidez do tecido hepático. Esse exame é muito útil para obter uma boa imagem do órgão sem a necessidade de uma biópsia invasiva, por exemplo.
  • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica: nesse exame, é inserido um instrumento com o paciente sedado para analisar se existe algum problema nos ductos biliares, espécies de tubos que servem para transportar a bile sintetizada no fígado para a vesícula biliar. Tal teste é muito útil para detectar obstruções e pedras na vesícula biliar que podem prejudicar o fígado.
  • Biópsia hepática: em suspeita de doenças mais graves, uma biópsia pode ser solicitada para remover uma amostra do órgão para análise.

Como tratar

O tratamento pode variar muito dependendo da condição que está deixando o fígado inchado. Assim, não existe um único remédio para tratar o fígado inchado de forma específica.

No caso da hepatite, por exemplo, um remédio como a Lamivudina pode ser indicado, já em casos de insuficiência cardíaca, remédios como a Furosemida podem ser a indicação do médico. A redução do tamanho do fígado será uma consequência do tratamento da condição de saúde diagnosticada.

Outras dicas que costumam ajudar no tratamento são:

– Manter uma dieta saudável

Quanto mais alimentos naturais e nutritivos forem incluídos na dieta, melhor. Opte por incluir mais alimentos como legumes, frutas e grãos integrais e evite os alimentos processados e o consumo demasiado de carne vermelha, que são mais difíceis para o fígado processar.

– Ingerir álcool com moderação

O álcool em excesso pode causar uma inflamação grave no fígado. O ideal é limitar o consumo ou evitar ao máximo a ingestão de bebidas alcoólicas.

– Ter um peso saudável

Além de escolher os alimentos certos, é importante evitar o sobrepeso e a obesidade, pois esses problemas tendem a levar ao acúmulo de gordura no fígado. Evite alimentos que não agregam valor nutricional à sua dieta como produtos alimentícios açucarados ou ricos em gorduras não saudáveis.

– Parar de fumar

Fumar faz com que seu corpo absorva substâncias nocivas a todo o organismo, especialmente ao fígado. Se você puder parar de fumar, fará um grande favor ao seu fígado.

– Evitar o contato com substância com potencial tóxico

Além do cigarro, outras substâncias consideradas tóxicas devem ser evitadas, especialmente em ambientes fechados. Produtos de limpeza e inseticidas, por exemplo, devem ser usados com cuidado e sempre em locais com uma boa ventilação.

– Seguir instruções ao tomar medicamentos, suplementos ou vitaminas

Para evitar sobrecargas ao fígado, é importante sempre seguir as orientações quanto as doses de remédios, suplementos ou vitaminas já que o excesso pode ser muito prejudicial ao fígado. Exames de sangue periódicos devem ser feitos quando um medicamento precisa ser usado por período prolongado de tempo.

Não há como indicar um tratamento universal para reduzir o fígado inchado, pois existe um tratamento específico para cada causa. Porém, com certeza seguir as dicas mencionadas acima em conjunto com o tratamento indicado por um médico melhorará muito a saúde do fígado e vai fazer com que ele execute suas funções com mais facilidade.

Referências Adicionais:

Você já foi diagnosticado com fígado inchado? Que tipo de tratamento o seu médico recomendou? O que precisou mudar no seu dia a dia? Comente abaixo!

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