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Flexitarianismo: uma transição suave

Não é surpresa para ninguém que cada vez mais pessoas têm decidido cortar a carne da dieta. Seja por questões ambientais, de saúde ou por bandeiras de defesa dos animais, o vegetarianismo cresceu – e muito! – nos últimos anos.

De fato, já é comprovado que uma dieta que inclua menos alimentos de origem animal é menos danosa ao meio ambiente e melhor para o organismo. A redução do impacto ambiental pela substituição parcial da carne bovina e ovina é de 20%¹, além de uma alimentação centrada em vegetais diminuir o risco de infarto e outras doenças cardiovasculares².

Mas, ao mesmo tempo, é uma ilusão esperar que o mundo todo virará vegetariano da noite para o dia. Muitas questões de saúde e segurança alimentar devem incluídas na balança. Há, por exemplo, pessoas que se preocupam com a ingestão de proteínas, ferro ou vitaminas que são encontradas principalmente na carne.

Os flexitarianos

Aqueles que há tempos flertam com a vida vegetariana, mas ainda não tiveram coragem de tomar este passo decisivo de cortar a carne completamente, têm uma solução: o flexitarianismo.

A palavra surge da junção entre “flexível” e “vegetarianismo” e caracteriza aquelas pessoas que evitam os alimentos de origem animal a maior parte do tempo, mas se permitem consumir carne em raras ocasiões.

Diferentemente da dieta onívora, que a maioria das pessoas segue e que inclui todos os tipos de alimento, os flexitarianos se parecem muito mais com os vegetarianos em seus hábitos. Eles dão preferência a alimentos de origem vegetal na maioria de suas refeições, se diferenciando dos onívoros pela frequência do consumo de carne.

No entanto, a fronteira para alguém ser considerado flexitariano também é flexível. Metade das refeições sem carne significa que eu sou flexitariano? Um dia por semana deixando de comer produtos de origem animal é o suficiente?

Segundo estudo da Frontiers in Nutrition³, a definição que gira em torno do conceito de semi-vegetarianismo e flexitarianismo diz respeito à ingestão de carne, no máximo, três dias por semana. Isso significa a inclusão de muitas leguminosas, hortaliças verdes-escuras, frutas, legumes, sementes e grãos na lista de compras.

Não é tão difícil quanto parece, visto que grande parte do que comemos já não tem quase nenhuma relação com a origem animal. Arroz e feijão, macarrão com molho de tomate, batatas fritas. Além disso, com a onda vegetariana ganhando mais força, cada vez mais os alimentos disponíveis no mercado têm a opção veggie, com tanto sabor e nutrientes quanto as comidas com carne.

Como para tudo na vida, a resposta é equilíbrio!

 

Fontes:

¹ Folha

² Sociedade Vegetariana Brasileira

³ Frontiers in Nutrition

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