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A Dieta do Chá Funciona? Tipos e Como Fazer

Chá

Será que a dieta do chá emagrece? Como funcionam algumas variações dessa modalidade de regime? É o que você irá conferir a seguir.

No desespero para emagrecer, algumas pessoas acabam aderindo às primeiras dietas que veem pela frente, mesmo sem saber muito bem do que elas se tratam, se são saudáveis e se realmente podem trazer bons resultados.

No entanto, além de trazer frustrações e tempo perdido, esse hábito também pode ser arriscado para a saúde. Por isso, antes de aderir a qualquer programa de emagrecimento, é necessário conhecê-lo bem.

Vamos conferir então os diferentes tipos de dieta do chá e analisar se funcionam?

A dieta do chá verde

O método se baseia na crença de que o chá verde pode auxiliar a emagrecer. Uma pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica, tradução livre) testou os efeitos da bebida em pessoas com excesso de peso.

Elas foram divididas em dois grupos: ambos seguiram um cardápio de baixas calorias, porém, somente os participantes do primeiro grupo consumiram entre seis a oito xícaras de chá verde diariamente. O resultado: ao final do experimento, o grupo que tomou a bebida queimou 4% a mais de gordura do que aqueles que não ingeriram o chá.

Além disso, o chá verde também acelera o metabolismo.

A proposta da dieta do chá verde é combinar o consumo da bebida com uma dieta equilibrada com controle de calorias. O método propõe que se consuma, no mínimo, cinco xícaras de chá verde diariamente, sendo que a primeira xícara da bebida pura e morna deve ser tomada em jejum, logo pela manhã.

Para quem tem problemas em tomar o chá em jejum, a sugestão é reservar o consumo para meia hora das refeições e duas horas depois, evitando ingerir a bebida de estômago muito vazio ou cheio para diminuir as chances de ter enjoo ou náusea.

Como o chá verde possui cafeína, substância que pode atrapalhar a absorção de vitaminas e minerais, o ideal é que ele seja consumido longe das refeições, vários minutos antes ou depois de fazê-las.

Entretanto, não podemos deixar de destacar que o consumo de pelo menos cinco xícaras de chá verde por dia é excessiva, principalmente para as pessoas que sofrem com intolerância ou sensibilidade à cafeína, uma substância presente na bebida, ainda que seja encontrada no chá em doses menores que no café.

Uma ingestão diária a partir de 600 ml (equivalente a três ou quatro xícaras) de chá verde já começa a provocar alguns efeitos colaterais, portanto, a recomendação é não ultrapassar essa quantidade de consumo.

Por isso, antes de aderir à dieta do chá verde, consulte o seu médico para saber se a dosagem de chá verde proposta pelo programa alimentar não é perigosa ou inviável para a sua saúde. Como você poderá observar no tópico abaixo, o consumo da bebida exige uma série de cuidados.

Cuidados, contraindicações e efeitos colaterais do chá verde

O chá verde pode prejudicar quem toma medicamentos anticoagulantes/afinadores do sangue. Quem faz uso de quaisquer remédios, suplementos ou plantas medicinais precisa consultar ao médico para saber se não faz mal utilizar o chá verde ao mesmo tempo em que a substância em questão, usada em seu tratamento.

Além disso, vale ressaltar que o chá verde não deve ser ingerido por quem sofre com distúrbios hemorrágicos.

Alguns efeitos colaterais que o consumo excessivo de chá verde, na forma líquida ou na forma de extrato, podem provocar são: prisão de ventre, náusea, sensação de inquietação e, em alguns casos, uma reação alérgica, que pode incluir dificuldade para respirar, urticária, aperto no peito, inchaço no rosto, batimento cardíaco rápido e mudanças de humor ou estados mentais inconstantes.

O chá verde pode piorar ou afetar condições como anemia, ansiedade, diabetes, diarreia, glaucoma, síndrome do intestino irritável, doença hepática e osteoporose. Converse com o seu médico a respeito do uso da bebida caso tenha qualquer uma dessas doenças.

Controlar a quantidade de chá verde que se consome também é necessário porque ele é uma grande fonte de oxalatos, que podem provocar cálculos renais.

Alertamos que mulheres que estejam grávidas ou amamentando não devem consumir uma quantidade excessiva de chá verde. O ideal para essas mulheres é consultar o médico para verificar qual a quantia da bebida que pode ser ingerida.

Especialistas recomendam ainda que pessoas com idade inferior aos 18 anos não tomem o extrato de chá verde, completou a página.

A dieta do chá de hibisco

A ideia desse programa alimentar é inserir o consumo do chá no dia a dia para favorecer a perda de peso. A bebida pode funcionar na dieta porque ajuda a saciar sem fornecer calorias extras, desde que se trate da versão sem adição de açúcar e livre de calorias da bebida, obviamente.

“Uma revisão publicada no Journal for Nurse Practitioners (Jornal para Enfermeiros Clínicos, tradução licre) reportou que os chás de ervas (como o chá de hibisco) apoiam a perda de peso por aumentarem a ingestão de fluidos, enquanto diminuem o consumo de bebidas adoçadas com açúcar como refrigerantes e sucos”, afirmou a nutricionista.

Porém, não basta simplesmente incluir o chá de hibisco nas refeições diárias – o hábito deve estar associado a uma dieta saudável e controlada. Até porque ninguém vai emagrecer tomando o chá se estiver se empanturrando de pizza e refrigerante, por exemplo.

De acordo com informações encontradas, a dieta do chá de hibisco traz as seguintes regras:

  1. Consumir 200 ml ou duas xícaras de chá de hibisco por dia, o que deve vir acompanhado de uma dieta balanceada;
  2. Não ficar mais do que quatro horas sem se alimentar;
  3. Beber no mínimo 2 litros de água diariamente;
  4. Incluir saladas nas refeições, privilegiando verduras e legumes que sejam do seu gosto, porém, não apresentem muitas calorias;
  5. Dar preferência aos alimentos integrais, que contêm mais nutrientes e fibras;
  6. Evitar a ingestão de sal e de alimentos ricos em sódio – eles favorecem a retenção de líquido, uma condição conhecida por provocar o inchaço;
  7. Escolher preparações menos calóricas como os assados ou cozidos a vapor, evitando os pratos gratinados, fritos ou à milanesa;
  8. Dormir bem.

Outra dica importante, dada pela médica homeopata e membro da Sociedade Brasileira de Fitoterapia (Sobrafito), Maria de Fátima Ramos, é a de tomar cuidado na hora de comprar as flores de hibisco que serão utilizadas no preparo do chá.

Isso porque as flores para o chá são diferentes das ornamentais, utilizadas em jardins. Assim, ao adquirir as suas procure pelo nome científico Hibiscus sabdariffa na embalagem.

Cuidados, contraindicações e efeitos colaterais do hibisco

O chá não deve ser ingerido em excesso – foi apontado em uma revisão de estudos, que doses muitos altas de hibisco poderiam potencialmente provocar danos ao fígado. Especialistas em nutrologia recomendam não ingerir mais do que duas xícaras da bebida diariamente.

O chá de hibisco é contraindicado para mulheres que estejam grávidas ou em processo de amamentação de seus bebês, pessoas que têm pressão baixa e usam remédios para tratar o problema e indivíduos que tomam medicamentos para a hipertensão.

A bebida interage com remédios como paracetamol, antivirais, antimaláricos e anti-inflamatórios. Assim, caso use esses ou qualquer outro tipo de medicamento, suplemento ou planta pergunte ao seu médico se pode tomar o chá de hibisco durante o período do tratamento e questione-o a respeito de como o chá deve ser utilizado.

Além disso, a bebida está associada a alguns possíveis efeitos colaterais. Por exemplo, ele não deve ser consumido em excesso para que não cause uma desidratação, já que promove a eliminação de líquido por parte do organismo.

A diminuição dos níveis de glicose no sangue é outra reação causada pelo chá. Com isso, ele não é apropriado diabéticos que já seguem tratamento para controlar as suas taxas de açúcar e deve ter seu consumo interrompido duas semanas antes da realização de uma cirurgia.

Outros possíveis efeitos colaterais atribuídos à bebida e ao hibisco são a abertura e expansão dos vasos sanguíneos, o que favorece o desenvolvimento de doenças no coração, o prejuízo ao foco e a concentração, perturbação ou dor estomacal temporária, gases, náusea, prisão de ventre, urina dolorosa, dor de cabeça, zumbido nos ouvidos e tremores.

A dieta do chá mate

O chá mate é utilizado nessa dieta porque acredita-se que as suas folhas possuem propriedades que auxiliam a eliminar toxinas do corpo, substâncias que ao serem acumuladas em excesso prejudicam o processo de perda de peso.

Existe o registro de pessoas acima do peso que beberam o chá com frequência e perderam gordura corporal com mais facilidade.

O chá mate dá uma leve sensação de saciedade. Entretanto, ela não funciona sozinho. Portanto, além do consumo de um litro da bebida diariamente, a dieta do chá mate precisa contar com uma alimentação saudável, com controle de calorias, que tenha a inclusão de alimentos que aceleram o metabolismo nas refeições.

Como o chá mate tem cafeína, ele atrapalha a absorção de vitaminas e minerais, principalmente de ferro e cálcio, ao ser consumido ao lado das refeições principais. Portanto, o ideal é que a bebida seja consumida até 20 minutos antes ou seja ingerida algum tempo depois do término das refeições principais.

Cuidados, contraindicações e efeitos colaterais do chá mate

O chá mate é contraindicado para crianças e para quem sofre com hipertensão, problemas no coração, diabetes, glaucoma, osteoporose, síndrome do intestino irritável e queimação gástrica. Pacientes com distúrbios hemorrágicos e que têm dor de cabeça frequente ou enxaqueca também fiquem longe da bebida.

Mulheres que estejam grávidas, na fase de amamentação de seus nenéns ou no período menstrual também não devem consumir o chá mate.

Dependentes de nicotina e álcool não devem consumir o chá mate e distúrbios relacionados à ansiedade como a agitação podem ser intensificados pela ingestão da bebida.

Alem disso, o chá mate não é indicado para quem sofre com o nervosismo. A bebida pode ser perigosa para quem tem gastrite, por conta da possibilidade de agravar as crises da doença.

As pessoas que sofrem com maior sensibilidade à cafeína devem evitar a ingestão da bebida.

Existem casos em que o chá mate pode cortar ou intensificar o efeito de remédios. Portanto, se você faz uso de qualquer medicamento, suplemento ou planta, consulte o médico para saber se o chá mate não faz mal ao ser utilizado ao mesmo tempo em que a substância em questão que é usada em seu tratamento.

Recomenda-se não tomar mais de um litro de chá mate por dia – que deve ser preparado com 20 g de folhas da erva-mate ou 15 a 20 saquinhos do chá – dividindo o conteúdo em porções de 330 ml, consumidas antes das principais refeições – café da manhã, almoço e jantar. Mas isso não significa tomar o chá mate diariamente, especialmente em excesso. É necessário tomar cuidado com a frequência e a quantidade da ingestão de chá mate.

Isso porque, quando há um ciclo no consumo de cafeína (presente no chá mate), a substância causa efeitos tóxicos ao organismo.

A ingestão de mais de um litro de chá mate diariamente pode provocar efeitos colaterais como taquicardia, gastrite e irritabilidade.

Além disso, a cafeína encontrada na composição do chá mate inibe ou dificulta a absorção de nutrientes importantes como o ferro.

O chá mate contém uma substância conhecida pelo nome de oxalato, que pode provocar problemas renais, desenvolvendo cristais nos rins ou pedras no órgão, por conta de sua elevada concentração de cálcio.

Cuidados com qualquer dieta do chá

Antes de aderir a qualquer modalidade da dieta do chá ou a qualquer tipo de programa alimentar, é fundamental consultar um bom nutricionista para se certificar de que o método em questão realmente pode ajudar a alcançar os seus objetivos e verificar se ele não pode trazer algum tipo de problema para a sua saúde.

O profissional é qualificado para indicar uma dieta que, além de ajudar a promover a diminuição do peso, forneça todos os nutrientes e a energia que o organismo exige para funcionar direitinho.

Até porque, mais importante do que simplesmente perder peso é emagrecer com saúde. Afinal, de que adianta conseguir se livrar dos quilos a mais, se isso vier acompanhado de uma série de problemas de saúde?

Mesmo para quem não se encaixar nos grupos mencionados nos tópicos de cuidados, contraindicações e efeitos colaterais do chá verde, chá de hibisco e chá mate, vale a pena checar com o médico a respeito da segurança em relação ao consumo dessas bebidas como carro-chefe de uma dieta.

Referências Adicionais:

Você já ouviu falar na dieta do chá? Conhece alguém que tenha experimentado e possa confirmar que ela funciona? Comente abaixo!

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