Bezafibrato Emagrece? O Que é, Para Que Serve e Efeitos Colaterais
Veja a seguir se o medicamento Bezafibrato emagrece, o que é esse remédio e para que serve, além de conhecer os efeitos colaterais que podem ocorrer ao tomá-lo.
Pois bem, Bezafibrato é um remédio de uso oral e adulto, que pode ser indicado pelo médico para o tratamento das seguintes condições:
- Hiperlipidemias (níveis excessivos de colesterol e/ ou triglicerídeos no sangue) primárias tipos IIa, IIb, III, IV e V da classificação de Fredrickson – quando a dieta ou alterações no estilo de vida não levaram à resposta adequada;
- Hiperlipidemias (níveis excessivos de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue) secundárias, por exemplo, hipertrigliceridemia (taxas elevadas de triglicerídeos no sangue) grave, quando não houver melhora suficiente após correção da doença de base, por exemplo, a diabetes mellitus.
A comercialização do medicamento requer a apresentação da prescrição médica branca comum.
Aproveite para também conhecer uma lista dos remédios para colesterol alto mais usados e de remédios para emagrecer sem receita mais vendidos.
E então, será que o Bezafibrato emagrece?
Para finalmente entendermos se Bezafibrato emagrece ou não, resolvemos consultar a lista de efeitos colaterais apresentadas na bula do medicamento.
O documento informa que a perda de apetite é uma das possíveis reações adversas do remédio e ela aparece classificada como um efeito comum, ou seja, que ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que tomam Bezafibrato.
Sabemos que, com um apetite menor, uma pessoa sente-se com menos vontade de comer e, ao fazer isso, é bem possível que ela perca peso. Entretanto, isso não quer dizer que Bezafibrato emagrece todas as pessoas que o usam, apenas que ele pode provocar uma reação que estimula uma redução no peso.
Ao perceber que o apetite diminuiu e que emagreceu durante o tratamento com o medicamento, principalmente se isso acontecer de maneira significativa, é necessário que o paciente informe ao médico a respeito do sintoma para confirmar se realmente foi o remédio que o causou e saber como deve proceder.
Precisamos lembrar que, assim como o aumento de peso, a redução de peso, especialmente a expressiva, pode representar problemas para a saúde.
Além disso, ninguém deve cometer o erro de se automedicar com Bezafibrato apenas com o objetivo de perder peso, sem que precise usá-lo e sem que tenha recebido a indicação do médico para tal. E isso não é simplesmente porque o remédio provoca uma diminuição do apetite de uma parcela dos seus usuários.
Usar um medicamento por conta própria é bastante perigoso. Se quando uma pessoa toma um remédio conforme as orientações de um médico, ela já pode experimentar efeitos colaterais prejudiciais, imagina só o que pode acontecer quando ela utiliza a substância sem cuidado e segurança?
Ao fazer isso, corre o risco de ingerir uma dosagem inadequada e perigosa para a sua saúde e de tomar um remédio que é contraindicado para si mesma sem nem ao menos saber.
Portanto, no lugar de arriscar a própria saúde imaginando que o Bezafibrato emagrece e arriscando tomar um medicamento que não precisa, o ideal mesmo é seguir uma alimentação saudável, controlada, nutritiva e equilibrada. Praticar atividades físicas com frequência também pode contribuir, já que os exercícios maximizam a queima de calorias.
Preferencialmente, a dieta e os treinamentos devem contar com o acompanhamento do nutricionista e do educador físico, para garantir que sejam eficientes e seguros.
Efeitos colaterais de Bezafibrato
De acordo com informações da bula de Bezafibrato da Legrand, o medicamento pode provocar os seguintes efeitos colaterais:
– Reações incomuns – atingem entre 0,1% e 1% dos usuários:
- Distensão do estômago;
- Náuseas (geralmente transitórias e que não requerem a suspensão do tratamento);
- Interrupção do transporte da bile;
- Coceira,
- Urticária (placas avermelhadas na pele, com intensa coceira);
- Sensibilidade à luz;
- Reações de hipersensibilidade (alergia);
- Perda dos cabelos;
- Impotência sexual no homem;
- Leve aumento de creatinina sérica;
- Elevação da fosfatase alcalina sérica;
- Fraqueza muscular;
- Dores musculares;
- Cãibras [frequentemente acompanhadas por aumento na creatinoquinase (CK)];
- Tontura;
- Dor de cabeça;
- Insuficiência renal aguda.
– Reações muito raras – atingem menos de 0,01% dos usuários:
- Crescimento das transaminases (enzimas hepáticas);
- Cálculo biliar;
- Degeneração muscular;
- Redução de todas as células do sangue;
- Aumento do número de plaquetas;
- Síndrome de Stevens-Johnson (problema grave na pele);
- Eritema multiforme (placas vermelhas na pele);
- Necrólise epidérmica tóxica (doença de pele, que pode levar à descamação permanente do órgão e ser fatal, segundo informações do site Tua Saúde);
- Púrpura trombocitopênica (lesão na pele avermelhadas);
- Elevação da gamaglutamiltransferase.
Ao experimentar qualquer reação ao Bezafibrato, esteja ela mencionada na lista acima ou não, é fundamental que você procure o auxílio médico, mesmo que você acredite que o sintoma em questão não é lá muito grave.
Isso é fundamental para verificar a real seriedade da reação, receber o tratamento apropriado, caso seja necessário, e saber direitinho como deve proceder em relação à continuidade do uso do remédio de maneira segura. Até porque o tratamento com o medicamento não deve ser interrompido sem que haja o conhecimento e o aval do médico.
Contraindicações e cuidados com Bezafibrato
O medicamento não pode ser utilizado pelos seguintes grupos de pessoas:
- Alérgicos ao bezafibrato ou a qualquer componente da fórmula;
- Que têm doenças hepáticas ou afecções da vesícula biliar (com ou sem a presença de cálculo na vesícula e/ou vias biliares);
- Que possuem disfunção renal grave em tratamento com diálise;
- Que tiveram reação fotoalérgica ou fototóxica conhecida a fibratos;
- Que têm fatores de risco para doenças musculares – como redução da função dos rins, infecção grave, trauma, cirurgia, distúrbio eletrolítico, entre outros;
- Que usam medicamentos que inibem a HMG CoA redutase (por exemplo: pravastatina);
- Mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
As mulheres que utilizam estrógenos ou contraceptivos que contêm estrógenos precisam informar o médico a respeito disso antes de começar o tratamento com o remédio.
Da mesma forma, o paciente que sofre com a hipoalbuminemia – que é a diminuição de albumina no sangue, problema que ocorre na síndrome nefrótica – e tem a função renal reduzida precisa avisar o médico sobre isso, já que nesse caso a dose do medicamento precisa ser diminuída e a função dos rins deve ser monitorada.
O paciente também precisa relatar ao médico quais outros remédios, suplementos ou plantas utiliza para que o profissional verifique se não faz mal usar Bezafibrato ao mesmo tempo em que as substâncias já empregadas.
É importante ter o acompanhamento do médico ao longo do uso de Bezafibrato para que o profissional realize os procedimentos diagnósticos necessários e apropriados caso surjam no paciente sintomas da colelitíase, que é o cálculo na vesícula e/ou nas vesículas biliares, já que a condição é uma das possíveis reações adversas ao medicamento.
A superdosagem ou o uso inapropriado do medicamento, principalmente quando também houver a doença de comprometimento renal, pode resultar na rabdomiólise, que é um comprometimento muscular grave.
Além disso, o paciente precisa obedecer a todas as orientações do médico em relação à dosagem, à frequência de uso e a duração do tratamento com o remédio.
Atenção
Este artigo fornece somente informações gerais sobre Bezafibrato e jamais pode substituir a consulta ao médico ou a leitura na íntegra da bula do medicamento. Portanto, antes de iniciar seu tratamento com o remédio, não deixe de conversar com o seu médico e ler toda a bula.
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