O Que São Oligossacarídeos?
Os oligossacarídeos são conhecidos como carboidratos que costumam ser compostos por 3 a 10 unidades de açúcares simples (monossacarídeos) e que são conectados pelas chamadas ligações glicosídicas.
Em muitos sentidos, esses carboidratos podem ser considerados como fibras e seriam classificados tanto dentro da categoria das fibras solúveis quanto dentro da categoria das fibras fermentáveis. Veja em maiores detalhes o que são as fibras solúveis e suas principais fontes.
A maioria dos oligossacarídeos naturalmente encontrados estão presentes em produtos de origem vegetal. Por exemplo, eles podem ser achados em alimentos como: raiz de chicória, alcachofra-de-Jerusalém, cebola (e outros alimentos da família da cebola como o alho e o alho-poró), trigo, aspargo e legumes.
Por conta de seu sabor ligeiramente doce e de outras características, os oligossacarídeos têm chamado a atenção da indústria como um substituto parcial para gorduras e açúcares em alguns alimentos, assim como uma estratégia para auxiliar a melhorar a textura. Com isso, mais oligossacarídeos presentes nos alimentos são produzidos sinteticamente.
Os oligossacarídeos e a saúde do organismo
Agora que sabemos o que são os oligossacarídeos, vale a pena conhecer como eles podem atuar dentro do organismo da gente, não é mesmo?
O nosso sistema digestivo tem dificuldade para decompor muitos desses oligossacarídeos e aproximadamente 90% deles consegue escapar da digestão no intestino delgado e chegar até o cólon.
O fato dos oligossacarídeos não serem digeridos faz com que eles alimentem as bactérias do bem do intestino, que também são conhecidas como probióticos.
Por conta disso, os oligossacarídeos também são chamados de prebióticos, um termo relativamente peculiar, cunhado recentemente para se referir aos componentes de alimentos que apoiam o crescimento de alguns tipos de bactérias no cólon.
A absorção de nutrientes e a produção dos ácidos graxos de cadeia curta
Ao alimentar micróbios benéficos no intestino, os oligossacarídeos como a rafinose, a estaquiose e os frutooligosscarídeos (FOS) auxiliam as bactérias a sintetizar algumas vitaminas como vitamina B7 e vitamina K, que podem ser absorvidas.
Adicionalmente, existe alguma evidência de que eles podem promover mais absorção de alguns minerais que tenham escapado do intestino delgado, incluindo cálcio e magnésio.
Bactérias intestinais bem alimentadas também podem sintetizar ácidos graxos benéficos que podem proteger a saúde do cólon.
No mesmo sentido, as bactérias que se alimentam de carboidratos fermentáveis produzem muitas substâncias benéficas como os ácidos graxos de cadeia curta.
Interessantemente, diferentes oligossacarídeos tendem a produzir diferentes ácidos graxos de cadeia curta – mais um reforço para a necessidade de comer uma variedade de alimentos.
É provável que esses tais ácidos graxos de cadeia curta forneçam diversos benefícios tanto no cólon quanto no restante do organismo. Entretanto, vale também ressaltar que a pesquisa nessa área é bastante recente.
Em particular, o butirato (um ácido graxo de cadeia curta) recebeu atenção como sendo possivelmente protetivo para os tecidos do cólon contra danos, incluindo o câncer de cólon e a colite ulcerativa.
Outros possíveis benefícios dos ácidos graxos de cadeia curta incluem: a diminuição dos níveis de colesterol, a redução das taxas de triglicerídeos, a melhoria da sensibilidade à insulina, a melhoria do metabolismo da glicose e a melhoria do funcionamento do sistema imunológico.
No entanto, é lógico que quem tem histórico, sofre com ou tem riscos de desenvolver qualquer uma dessas doenças ou condições mencionadas nos parágrafos anteriores, necessita sempre tratá-las e preveni-las conforme a orientação do médico e com a supervisão do profissional.
Ressaltamos que é fundamental utilizar qualquer estratégia para lidar com esses problemas de saúde somente quando o médico autorizar e indicar que o método em questão realmente é benéfico, necessário e que não pode prejudicar a saúde de alguma maneira.
Fazer uso de qualquer substância por conta própria, principalmente em substituição a um tratamento já recomendado pelo médico e nos casos de doenças mais graves, pode ser extremamente perigoso para a saúde.
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