Ultraprocessados no seu corpo
Deveríamos fugir da armadilha da conveniência das comidas ultraprocessadas. Estudo mostra o que acontece com o corpo após duas semanas comendo estas especialidades.
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No cotidiano estressado, sobra pouco tempo e dinheiro para comer.
Por isso, milhões recorrem aos alimentos ultraprocessados.
São produtos que passam por muitas transformações até chegar à forma final.
Mas um estudo revela como a conveniência da categoria cobra alto da saúde.
A pesquisa é do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (Estados Unidos).
Nela, foi feito um experimento com 20 voluntários adultos saudáveis.
Por um mês, o grupo viveu em um laboratório.
Nas duas primeiras semanas, todos comeram ultraprocessados.
Comidas como raviólis em lata, nuggets de frango, bagels e limonada diet, por exemplo.
Nas duas semanas posteriores comeram não processados (saladas, ovos, aveia e nozes).
Ambas as dietas tinham perfis nutricionais equivalentes.
Foi calculado para que fornecessem a mesma quantidade de açúcar, gordura, sódio e fibras.
Mas revelaram efeitos muito diferentes.
Na dieta altamente processada, as pessoas comeram cerca de 500 calorias a mais por dia.
E ganharam cerca de um quilo.
Como isso foi acontecer, se as duas dietas eram equivalentes em nutrição?
Quando lhes serviram ultraprocessados, os voluntários comeram mais rápido.
Alimentos ultraprocessados tendem a ser mais macios, o que facilita mastigar e engolir.
Ao comer mais rápido, o cérebro não percebe que já se consumiu calorias suficientes.
No momento em que o centro de saciedade recebe o sinal, é tarde: você já comeu demais.
Mais no almoço, quando se comeu até 30% a mais em dias de menu ultraprocessado.
Os hormônios das pessoas também mudaram.
No estudo, as pessoas se sentiram igualmente saciadas.
Só que a dieta não processada levou a um aumento do hormônio supressor do apetite PYY.
E reduziu o hormônio da fome, a grelina.
Em uma dieta não processada, as pessoas limitam espontaneamente a ingestão de calorias.
O que leva à perda de peso e de gordura corporal, de forma natural.
Sem que tenham que contar calorias intencionalmente.
O estudo foi publicado na revista científica Cell Metabolism.
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