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Comida não é brinquedo

Estudo britânico revela como é preciso banir personagens de desenhos animados de embalagens de alimentos destinadas a crianças: mais da metade revelaram-se insalubres.

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Sua presença no anúncio de alimentos para crianças é antiga.

E, agora percebemos, nada inocente.

Os fabricantes de junk food estão usando personagens infantis para manipular os pais a comprar alimentos e bebidas não saudáveis.

O alerta vem de estudo da Universidade Queen Mary de Londres (Inglaterra).

Nele, foram analisados 526 alimentos e bebidas vendidos naquele país em embalagens para crianças.

Como resultado, apenas 18% dos produtos eram “saudáveis”.

Enquanto nada menos que 51% dos itens eram ricos em açúcar, gordura, gordura saturada e/ou sal.

Um em cada cinco (21%) utilizou personagens licenciados, como Disney, Peppa Pig e Paw Patrol.

Um dos piores casos foi Morrisons Dolly Mixtures, que são pacotes de balas.

O produto apresentou 65g de açúcar por pacote – quase o triplo da ingestão diária recomendada para crianças.

As Peppa Pig Candy Bites, que são pastilhas de frutas com embalagens colecionáveis, revelaram ser 99% açúcar.

Um pacote de Cheetos, acompanhada de uma imagem do mascote Cheetah, estava carregada com 19,5 g de gordura e 2,8 g de sal.

Isso é mais do que a quantidade diária recomendada para crianças de quatro a seis anos.

Não são apenas doces e snacks.

As Pasta Shapes, feita pela Heiz, são macarrões que têm a forma personagens, como Minions.

Cada porção contém 0.8 g de sal, quase metade da ingestão máxima recomendada para uma criança com menos de quatro anos.

Em comparação, um produto com uma embalagem mais simples (Spaghetti Loops da Asda em molho de tomate) contém um terço a menos, com 0,52 g de sal por porção.

“Usar personagens de desenhos animados em embalagens de alimentos torna os produtos altamente atraentes para as crianças”.

O alerta é de Dr. Max Davie, do Colegiado Real de Pediatria e Saúde Infantil.

É claro que a influência poderia ser usada para o bem.

Mas desenhos animados só estavam presentes em um punhado de “alimentos saudáveis”, incluindo frutas, verduras e água, descobriu a pesquisa.

“É hora de o governo intervir e sustentar restrições mais rígidas de propaganda”.

O apelo é de Barbara Crowther, da organização Children’s Food Campaign.

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