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Suspeito errado

O consumo de alimentos sem glúten por pessoas livres de doença celíaca é inútil. E despista muitos em descobrir a causa real do mal-estar que sentem.

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No Brasil, mais de 70% dos que consumem produtos sem glúten o fazem por necessidade.

O número foi divulgado pela Schär, especializada no segmento.

Recentemente, a multinacional inaugurou unidade industrial em nosso país.

Em pesquisa com sua base de consumidores, a doença celíaca foi apontada como fator principal da escolha (40%).

A segunda causa foi sensibilidade (33%).

14% evitam por lhes fazer mal.

E 10% consumem a categoria para acompanhar membros da família que adotam a dieta.

A soma assombra.

São 60% que consomem produtos sem glúten de modo absolutamente inútil.

Quem assegura é um estudo das universidade de Sheffield e Reading (Reino Unido).

Nele, foi realizado um teste com voluntários sem diagnóstico de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten.

Todos receberam um suplemento em pó para adicionar à comida, duas vezes por dia, durante duas semanas.

Metade recebeu o suplemento com glúten orgânico e a outra metade recebeu uma mistura sem glúten.

Como resultado, o grupo que ingeriu glúten não apresentou mais queixas estomacais do que o grupo sem glúten.

“Parece que evitar o glúten geralmente é injustificável”.

A declaração é de uma das autoras do estudo, Paola Tosi.

O estudo utilizou um grupo pequeno e dependeu de uma participação autônoma, mas indica uma possibilidade.

Talvez o glúten esteja levando a fama de vilão injustamente entre quem nem afeta.

E isso pode fazer com que não se busque a causa real de incômodos estomacais após a alimentação.

Portanto, antes de se impor uma restrição, é melhor consultar seu médico.

Você pode estar deixando de comer o pão que adora à toa.

O estudo foi publicado na revista científica Gastroenterology.

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