Um mês de cada vez
Este ano será diferente daquele que passou? Parece que sim. Milhares de pessoas que abandonam a carne em janeiro (“veganuary”) seguirão o novo hábito alimentar ao longo do ano.
Leia mais:
Nugget vegano – Prepare esta delícia sem carne
Batata-doce com tahine – Deliciosa receita para variar o consumo do ingrediente
Todos os anos, queremos começar com o pé direito.
Isso significa purificar-se dos erros do passado.
Entre as estratégias está o “veganuary”, quando se escolhe cortar o consumo de carne durante o mês de janeiro.
Em 2019, estimou-se que 800 mil pessoas no Reino Unido ingressaram no esforço, segundo o The Independent.
A boa notícia é que o hábito segue sendo adotado ao longo do ano por grande parte, segundo pesquisa citada.
É o que revelam novos dados coletados pela empresa de pesquisa Kantar.
O trabalho revelou que cerca de 1,3 milhão desistiram de produtos de origem animal em janeiro de 2019.
E que a maioria fazendo isso pela primeira vez.
Depois que o mês acabou, muitos voltaram a comer produtos de origem animal, mas em quantidades reduzidas.
Em média, o efeito da decisão durou a julho ou até mais tarde.
O volume total dessa redução foi calculado em 4.452.603 quilos de carne e derivados.
E provavelmente foi muito maior, pois esse número não contava produtos compostos por vários ingredientes.
A redução representou cerca de 3,6 milhões de animais poupados.
Para janeiro de 2020, a expectativa é ainda maior.
A notícia coincide com outra, que revela como as vendas de carne vermelha caem drasticamente.
Pesquisa da Nielsen (dezembro/2019) mostrou que as vendas de carne nos supermercados caíram em 2019.
Queda que vem impulsionada, em parte, por preocupações com a saúde e outras objeções à carne vermelha, como seu impacto ambiental.
Pesquisas revelando que carnes vermelhas reduzem a longevidade contribuem para a aversão – leia mais aqui.
Além, claro, de preocupações crescentes com preço.
A queda de vendas afetou todos os tipos de carnes, de bovinos a processados, como bacon e salsichas.
Muito embora as pessoas continuem a comer opções mais baratas, como carne moída.
Por outro lado, as vendas de aves e pescado aumentaram, impulsionadas pela percepção de que são opção mais saudável.
Racionalidade ou economia, o fato é que estamos mudando a composição do que vai no prato.
Em direção inequívoca a um mundo mais vegano, um mês de cada vez.
The post Um mês de cada vez appeared first on Lucilia Diniz.
Nenhum comentário: